[ARENA] TRANSUBSTANCIAÇÃO - I | Dori Nigro - Paulo Mendes - Salomé Lamas - Von Calhau! | 25.01 22h Poste-Vídeo Arte

vera lúcia carmo carmo.veralucia gmail.com
Quinta-Feira, 23 de Janeiro de 2020 - 15:46:35 WET


Inauguração
Poste-Vídeo Arte [Rua do Bonjardim, 1176 - Porto]
25.01 22h00

*TRANSUBSTANCIAÇÃO - I*

Dori Nigro <https://www.instagram.com/dorinigro/?hl=pt>
Paulo Mendes <http://www.paulomendes.org/>
Salomé Lamas <http://www.salomelamas.info/>
Von Calhau! <http://www.einsteinvoncalhau.com/>

*curadoria de Vera Carmo + *João Leal <http://www.joaoleal.pt/>

TRANSUBSTANCIAÇÃO - I



*parte de um olhar panorâmico e desencantado sobre um aqui e agora que
sinaliza uma profunda transformação nas estruturas - materiais e imateriais
- que permitem e permeiam as relações humanas.Estas transformações
manifestam-se pontualmente, sob a forma de episódios, mais ou menos
dramáticos, que nos chegam aos ouvidos, muitas vezes, só, através de
conversas de café.As discussões e conclusões tendem a ser fragmentadas e
fragmentárias. Continua a ser conveniente esquecer que a "banalidade do
mal" (Arendt) se torna possível porque insistimos em pensar o outro
enquanto tal.As obras selecionadas, mostradas em conjunto, recuperam a
continuidade do real, ou, por outras palavras, identificam todas estas
mudanças como parte da reestruturação ideológica, ainda de fim incerto, que
caracteriza o zeitgeist.Surgem a casa e o corpo, enquanto palco de
micro-acontecimentos, ora encenados, ora recortados do real. Estranhamente,
intui-se um fio condutor entre o abraço da personagem feminina de "Coup de
Grâce", Gisberta, Bárbara e a atualização do pancrácio no corpo de Marta
Ângela em "Eulusionismo Antilusionistu". Todas resistem. Todas simbolizam
uma mudança de paradigma em suspenso. Todas desafiam o pensamento. *

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*COUP DE GRÂCE REVISITED - III*
HD  2:39, cor, som estéreo, 0'42'', 2018
Salomé Lamas retorna ao universo ficcional de "Coupe de Grâce", curta
metragem realizada em 2017, na qual a jovem Leonor volta de viagem num dia
em que o seu pai (Francisco) já não a esperava. No espaço de 24 horas vivem
uma realidade alucinada, conduzida, em crescendo, pela inquietação de
Francisco num registo de aparente normalidade. O exercício de isolar
momentos da narrativa principal resulta numa série de instantes que se
prestam a novas leituras por parte do espectador.

SALOMÉ LAMAS <http://www.salomelamas.info/>
Estudou cinema em Lisboa (Escola Superior de Teatro e Cinema) e
Praga (Filmová a Televizni Fakulta Akademie Múzick’VCH V Praze), Artes
Visuais MFA em Amsterdão (Sandberg Instituut, Gerrit Rietveld Academie) e
é doutoranda em Arte Contemporânea em Coimbra (Universidade de Coimbra). O
seu trabalho tem sido exibido tanto em contextos artísticos como em
festivais de cinema tais como Berlinale, Museo Arte Reina Sofia, MNAC –
Museu do Chiado, DocLisboa, Cinema du Réel, Visions du Réel, MoMA – Museum
of Modern Art, Museo Guggenheim Bilbao, Harvard Film Archive, Culturgest,
CCB - Centro Cultural de Belém, Hong Kong FF, Museu Serralves, Tate Modern,
Bozar , Tabakalera, ICA London, Mostra de São Paulo, La Biennale di
Venezia Architettura, entre outros. Lamas recebeu diversas bolsas, tais
como a Gardner Film Study Center Fellowship – Harvard
University, Rockefeller Foundation – Bellagio Center, Fundação Calouste
Gulbenkian, Sundance, Bogliasco Foundation, MacDowell Colony, Yaddo,
Berliner Künstlerprogramm des DAAD. Colabora com a Universidade
Católica do Porto e a Elias Querejeta Zine Eskola. Colabora com a produtora
O Som e a Fúria e é representada pela Galeria Miguel Nabinho – Lisboa 20.

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*ABANDONADOTRÁFICO / TRÁFEGO (ENTRE IMAGENS) PORTO MARÇO 2006*
DV PAL 4:3, [versão curta de 9'], cor, som, 2006
“Nesta construção, abandonada há aproximadamente vinte anos na Avenida de
Fernão de Magalhães no Porto, foi assassinado um sem-abrigo, espancado por
um grupo de jovens residentes em instituições que acolhem crianças em
risco, em Fevereiro de 2006. As imagens apresentadas são todas em plano
fixo, funcionando numa aproximação à fotografia e com igual duração. O som
foi captado no local. Este vídeo integra a série de fotografias e vídeos
TRÁFICO / TRÁFEGO (FREEZE FRAME) / WORK IN PROGRESS 1991-2020 que foi sendo
apresentada ao longo dos últimos anos em várias exposições. “ P.M.

PAULO MENDES <http://www.paulomendes.org/>
Artista plástico de formação, curador de exposições e produtor de projetos
culturais. Apresenta a sua obra desde o início da década de 90. O seu
trabalho caracteriza-se pela contaminação entre as várias disciplinas – o
cinema, o design, a arquitetura, a música, o teatro a dança –, e pela
diversidade de meios de suporte que cada projeto determina – a pintura, o
desenho, a fotografia, o vídeo, a instalação e a performance. Ao longo dos
anos e enquanto artista plástico apresentou trabalhos no Museu de
Serralves, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Museu do Neo-Realismo,
Solar Galeria de Arte Cinemática, Museu do Chiado, Culturgest, Museu
Nogueira da Silva, Galeria Nuno Centeno, Museu do Oriente, Colégio das
Artes, Centro Cultural Vila Flor, Museu Berardo / CCB, Museu da
Electricidade / Fundação EDP / MAAT, entre muitos outros espaços nacionais
e internacionais. Comissariou e produziu mais de setenta exposições,
independentes e institucionais, que marcaram o desenvolvimento do trabalho
de uma nova geração de criadores e lhe proporcionaram um extenso
conhecimento das práticas artísticas em Portugal.

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*NUM TEMPO EM QUE FUI SEREIA*
HD, cor, som estéreo, 3'44'', 2015-2020
O Brasil é o pais que mais mata LGBT. 2016 foi o ano mais violento com 347
assassinatos. Pernambuco, estado do nordeste brasileiro, e onde nasci, é o
quinto estado mais perigoso para ser LGBT, negro e mulher. No meu pais (e
também em muitos outros) pensar, ser e vestir diferente pode ser um perigo.
A intolerância é grande apesar da sua diversidade. A cada murro, faca e
tiro, morro… Mas sobrevivo para entoar meu canto.

*DORI NIGRO*
Performer brasileiro (Olinda, Pernambuco), residente no Porto, Portugal.
Doutorando em Arte Contemporânea, pela Universidade de Coimbra. Mestre em
Práticas Artísticas Contemporâneas. Bacharel em Comunicação
Social/Fotografia. Licenciado em Pedagogia. Membro criador no coletivo C3
(Portugal/Sérvia/Espanha); Membro da APECV/Portugal - Associação de
Professores de Expressão e Comunicação Visual; Membro do Núcleo
Anti-Racista do Porto, Portugal (NARP); Cocriador com Paulo Pinto no
coletivo de criação artística Tuia de Artifícios (Brasil/Portugal), que tem
como mote as linguagens da performance, fotografia, vídeo e formação humana
através da arte.

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*EULUSIONISMO ANTILUSIONISTU*
16mm transferido para HDV, cor e pb, som, 4', 2015
Partindo da figura do pancrácio - praticantes da arte marcial homónima,
popular na Grécia Antiga e semelhante ao Boxe atual - representada
extensivamente em estátuas e pinturas da antiguidade clássica, os Von
Calhau!  exploram metafórica e simbolicamente as tensões que permeiam a
experiência humana.  "Eulusionsimo Antilusionistu" parece encenar um
ritual, sacrifício ou duelo, entre forças antagónicas. Contudo, a chave de
leitura esconde-se no jogo de palavras que se inicia em "eu" e termina em
"tu", evocando, sim, a complementaridade subjacente à ideia de opostos.

VON CALHAU! <http://www.einsteinvoncalhau.com/>
 Von Calhau! é a assinatura do trabalho desenvolvido em parceria pelos
artistas plásticos Marta Ângela e João Alves desde 2006. Inicialmente
absorvidos pelo universo da música experimental e da performance, os Von
Calhau! aventuram-se no filme em 2008, após um encontro com Etienne Caire,
cineasta e diretor do Atelier MTK. São seduzidos pelas questões técnicas
associadas à produção em película: impressão, manipulação, entre outras. Os
Von Calhau! têm vindo a consolidar uma obra dificilmente classificável
segundo as disciplinas artísticas vigentes. Marta e João instrumentalizam
os diversos suportes e linguagens na criação de uma obra de arte total, não
como Wagner a idealizou, mas no sentido de um universo em contínuo, como
que paralelo, onde somos convidados a entrar. Cada nova apresentação é um
acontecimento no qual referências pagãs e religiosas, superstições e
verdades científicas, convergem em expressões quase esotéricas, a partir
das quais interrogam a sua e a nossa condição no mundo.
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*Este projeto não seria possível sem a colaboração de todos os artistas e
da produtora O Som e a Fúria, que, gentilmente, cederam as  obras e a quem
expressamos o nosso agradecimento*
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
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