[ARENA] Inauguração/Opening: Ângelo Ferreira de Sousa "QUE FAZER?", quinta/thursday 22 Dez/Dec 22:00

Angelo Ferreira de Sousa afsousa gmail.com
Quarta-Feira, 21 de Dezembro de 2016 - 23:35:21 WET


Sismógrafo:
Ângelo Ferreira de Sousa – "Que fazer?"
Alfredo Costa Monteiro – Concerto/Performance
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*Ângelo Ferreira de Sousa QUE FAZER? WHAT IS TO BE DONE?*
*Curadoria de / Curated by Óscar Faria*


*Inauguração/Opening: qui/thu 22 Dez/Dec 22:00 Até/Until: 20 Jan 2016,
qui–sáb/thu–sat 15:00–19:00*



*Alfredo Costa Monteiro Concerto/Performance*
*Concerto/Performance:** sex/fri 23 Dez/Dec 22:00*

*Entrada gratuita / Free admission*

sismografo.org
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*Ângelo Ferreira de Sousa, Que fazer?*


“Que fazer?” “Chto Delat?”
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=421b82f09e&e=77ea0f8da1>
Perguntava Nikolay Chernyshevsky num livro que surgiu em resposta a “Pais e
Filhos”, de Ivan Turgenev. Publicado em 1863, o relato tem como
protagonista Vera Pavlovna, que tenta escapar a um casamento arranjado
através da conquista da sua independência económica. No argumento inclui-se
uma dimensão política: o autor defende a criação de pequenas cooperativas
socialistas baseadas nas comunas de camponeses. Escrito na prisão, o
romance vai dividir a opinião de leitores como Lenine
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=668decb17a&e=77ea0f8da1>,
Kropotkin
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=168fa22d3a&e=77ea0f8da1>
e Rosa Luxemburgo
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=cf1ecce13c&e=77ea0f8da1>,
defensores do texto, e Dostoievski
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=bc850e47c8&e=77ea0f8da1>,
que irá escrever “Cadernos do Subterrâneo” como resposta às ideias utópicas
e utilitárias e uma novela de um texto marcado pela crescente
industrialização da Rússia.

É contudo com o panfleto “Que Fazer?” (1902), de Vladimir Lenine, que esta
pergunta se tornará um tropo ainda hoje a necessitar de resposta. Com o
subtítulo “As questões palpitantes do nosso movimento”, esse trabalho
inclui este excerto: “A liberdade é uma grande palavra, mas foi sob a
bandeira da liberdade da indústria que foram empreendidas as piores guerras
de pilhagem, foi sob a bandeira da liberdade do trabalho, que os
trabalhadores foram espoliados. A expressão "liberdade de crítica", tal
como se emprega hoje, encerra a mesma falsidade. As pessoas verdadeiramente
convencidas de terem feito progredir a ciência não reclamariam, para as
novas concepções, a liberdade de existir ao lado das antigas, mas a
substituição destas por aquelas. Portanto, os gritos atuais de "Viva a
liberdade de crítica!" lembram muito a fábula do tonel vazio.”

A fábula do barril vazio foi descrita pelo poeta Ivan Krylov: dois tonéis,
um cheio, o outro vazio, caem de uma carroça. Quando embatem no chão, o
cheio faz menos barulho do que o vazio. A metáfora tem o seu eco numa
questão política relevante no contexto da época, encerrando uma crítica aos
“revisionistas”, que clamavam ruidosamente pela liberdade da crítica, apelo
inconsequente porém, porque nulo de ideias.

Escreve então Lenine: “Alguns dos nossos gritam: Vamos para o pântano! E
quando lhes mostramos a vergonha de tal acto, replicam: Como vocês são
atrasados! Não se envergonham de nos negar a liberdade de convidá-los a
seguir um caminho melhor! Sim, senhores, são livres não somente para
convidar, mas de ir para onde bem lhes aprouver, até para o pântano;
achamos, inclusive, que seu lugar verdadeiro é precisamente no pântano, e,
na medida de nossas forças, estamos prontos a ajudá-los a transportar para
lá os seus lares. Porém, nesse caso, larguem-nos a mão, não nos agarrem e
não manchem a grande palavra liberdade, porque também nós somos "livres"
para ir aonde nos aprouver, livres para combater não só o pântano, como
também aqueles que para lá se dirigem!”

“Que fazer?”, esta tem também sido a pergunta discutida por dois
filósofos, Alain
Badiou
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=df328eb1b4&e=77ea0f8da1>
e Jean-Luc Nancy
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=4a98996618&e=77ea0f8da1>.
Fiquemo-nos por este último, que este ano lançou um livro precisamente
intitulado “Que Faire?”: "O tempo urge porque a tarefa é longa… Apanhados
num movimento que começou a mover montanhas, os mundos, as forças e as
formas à semelhança do que regularmente revolve e remodela o leito dos
rios, nós experimentamos uma urgência: a de fazer e de pensar para poder
fazer. (…) É preciso mergulhar neste rio que nunca é o mesmo, mergulhando e
sentindo o movimento do leito, o movimento das margens, a força da
corrente. E tentar guardar o espírito lá longe no mar, aonde o rio chega. "

Foi Ângelo Ferreira de Sousa
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=45bf77e0a5&e=77ea0f8da1>
que verteu estas palavras para português. E é ele que se propõe, nos
propõe, pensar a pergunta “Que Fazer?”, título da sua exposição no
Sismógrafo, a partir de um pano de fundo com mais de 150 anos. Sem oferecer
uma solução para o problema, o autor da mostra revela cinco obras inéditas
através das quais se podem encontrar ecos não só das reflexões de Lenine,
Marx, Badiou e Nancy, mas também evocações do cinema de Godard
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=38f86dab44&e=77ea0f8da1>
– “Pierrot le Fou” - , de Marker
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=6ec05270ac&e=77ea0f8da1>
– “La Jetée” e de Assayas – “Carlos
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=e73e1c1ba7&e=77ea0f8da1>”.
Vídeo, desenho – um mural –, fotografia, performance e tradução são o
material a partir do qual se faz a aproximação a esta questão, a que ainda
não sabemos responder de forma satisfatória. Declinando o verbo suicidar em
português de Portugal e em português do Brasil, sem acordo e em coro; lendo
um texto em voz alta, trocando os papéis, os géneros e as línguas; falhando
sucessivas tentativas de pôr uma garrafa de plástico a voar, mas insistindo
nessa possibilidade de vencer o destino; traçando uma linha de perguntas e
de respostas passadas a imagens inscritas numa parede – e esses desenhos
são já uma multidão; cantarolar com Karina e Belmondo, em tons de azul e
vermelho, papagaio no ombro, em fuga, sempre em fuga: “Que posso fazer? Eu
não sei que fazer!”

É preciso portanto mergulhar no rio, combater o pântano. Como escreve Samuel
Beckett
<http://sismografo.us3.list-manage2.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=6629eef36c&e=77ea0f8da1>
no fim de “O Inominável”, escrito em 1949: “(…) vai haver silêncio, aqui
onde estou, não sei, nunca saberei, no silêncio não se sabe, tenho de
continuar, não posso continuar, vou continuar.”

Algum dia saberemos o que fazer?


*Ângelo Ferreira de Sousa *(Porto, 1975) licenciou-se em artes plásticas
(pintura) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Foi membro
fundador do espaço Caldeira 213 (1999/2002). É artista residente no espaço
The Window, Paris e na Hangar, Barcelona e bolseiro da mesma instituição em
mais duas residências: Marselha (Triangle - France) e em Roterdão (Duende
Studios). É também bolseiro do governo da Catalunha no projeto "Schengen
sem esforço". Tem exposto regularmente desde 1998, destacando-se, entre as
individuais: Orange – RosaLux, Berlim, 2016; Bibliothèque Trouvée - The
Window, Paris, 2013; Squamata - Banco Central, Rio de Janeiro, 2012;
Walhalla – performance – Berlim e Kassel, 2012; Praça do Anjo I a VI , com
Carla Cruz – Porto, 2007-16; Fox Power 800 – MEWS, Londres, 2010;
Intelligence Services – Milão, 2005, e 70X7 - performance – Museu Vostell,
Cáceres, 2005. De entre as coletivas destacam-se: Já reparaste como o ponto
de interrogação... – Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisboa, 2016; Gramáticas
Flexíveis - Casa das Artes, Porto, 2015; A partir de mañana, todo – Centro
de Cultura Digital – México, 2012; Dig-Dig - Plataforma Revólver, Lisboa,
2012; Biennal d’Art Contemporain - Rennes, 2010; Espontani – Centre d'Art
de Santa Mònica, Barcelona, 2007 ; Busca-Pólos – Guimarães e Coimbra, 2006;
Quartel – Porto, 2004 ; Exploracions – Centre d'Art La Capella, Barcelona,
2003 ; Arte Público – Museu de Serralves (Biblioteca), 2001 Atualmente vive
e trabalha entre Paris, Barcelona e o Porto.

*Alfredo Costa Monteiro, Concerto/Performance*


"Comecei a trabalhar com papel há mais de quinze anos, quando pela primeira
vez, usei um pedaço de cartão como preparação para tocar o acordeão. É,
portanto, quase por acaso que comecei a desenvolver uma prática que, com os
anos, viria a tornar-se uma obra em si.

É em várias configurações que trabalho, desde o aspeto acústico com
micro-sons quase inaudíveis à amplificação que, graças aos micros, dão uma
identidade e uma potência inesperadas a um material que parecia tão frágil.

É um trabalho de superfícies, de contacto de materiais que tornam essa
fraqueza uma força, como uma espécie de fenomenologia do quotidiano onde o
som é o resultado de um experiência conduzida pelo gesto no seu encontro
com a matéria.

Suporte desligado da sua função, que é a de receber signo, marca, traço ou
texto na sua forma de mensagem e que se torna membrana pronta para vibrar e
transmitir outra mensagem, esta, sonora e em forma de ruído.

É um solo para papel acústico que vou apresentar no Sismógrafo. É sempre a
partir de constrições que trabalho, a fim de expandir estes limites que me
restringem; e é dentro destes limites que vão aparecendo outras
possibilidades, outras capacidades para produzir objetos sonoros menos
óbvios e, portanto, menos previstos. Perto do silêncio, em torno ao
silêncio e num quase-nada."

Alfredo Costa Monteiro
Barcelona, Dezembro 2016


*Alfredo Costa Monteiro *nasceu em 1962 no Porto mas cedo se mudou para
França onde estudou escultura em Paris. Vive e trabalha em Barcelona desde
1992 focando-se na música improvisada, poesia visual e sonora e
instalações. Musicalmente trabalha com o acordeão, gira-discos,
electrónica, guitarra e objectos ressonantes para criar peças que alternam
entre o silêncio e o ruído mais áspero sempre com atenção detalhada para a
textura, dinâmica e tensão. As suas criações sonoras, quer compostas quer
improvisadas, tendem a partilhar processos instáveis, materiais e gestos em
bruto e restrições conceptuais. Com vários discos editados em editoras de
todo o mundo, além do trabalho a solo colabora frequentemente com outros
músicos e faz parte de vários grupos de improvisação, nomeadamente
Cremaster (com Ferran Fages), 300 Basses (com Jonas Kocher e Luca
Venitucci) e Atólon (com Ruth Barberán e Ferran Fages). Tem ainda vindo a
apresentar instalações sonoras em museus e galerias pela Europa. No campo
da poesia já viu o seu trabalho editado em Espanha e França, como é exemplo
a caixa “Anima” (editada este mês pela Lenke Lente Editions) que contém
poemas em diferentes línguas acompanhado por um CD com leituras da mesma.

*Ângelo Ferreira de Sousa, What to do?*


“What is to be done?” “Chto Delat?”
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=69b936435a&e=77ea0f8da1>
Asked Nikolay Chernyshevsky in a book that came in response to “Fathers and
Sons” of Ivan Turgenev. Published in 1863 the story features Vera Pavlovna,
who tries to escape an arranged marriage through the conquest of her
economic independence. It includes a political dimension: the author
defends the creation of small socialists cooperatives based in peasants
communes. Written in prison, the novel divides the opinion of readers like
Lenin
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=430d6709b3&e=77ea0f8da1>,
Kropotkin
<http://sismografo.us3.list-manage2.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=01bd0a007b&e=77ea0f8da1>
and Rosa Luxemburg
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=567db5850b&e=77ea0f8da1>,
advocates of the text, and Dostoyevsky
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=44386b6db5&e=77ea0f8da1>,
who later writes “Notebooks of the Underground” in response to the utopian
and utilitarian ideas and a novella of a text marked by the growing
industrialization of Russia.

It is however with Vladimir Lenin’s pamphlet “What is to be done?” (1902)
that this question will become a trope still in need of an answer. With the
subtitle “Burning questions of our movement”, this work includes this
excerpt: “Freedom’ is a grand word, but under the banner of freedom for
industry the most predatory wars were waged, under the banner of freedom of
labour, the working people were robbed. The modern use of the term “freedom
of criticism” contains the same inherent falsehood. Those who are really
convinced that they have made progress in critical scholarship would not
demand freedom for the new views to continue side by side with the old, but
the substitution of the new views for the old. The cry heard today, “Long
live freedom of criticism”, is too strongly reminiscent of the fable of the
empty barrel.”.

The poet Ivan Krylov described the fable of the empty barrel: two barrels,
one full, the other empty, fall from a cart into the streets. When they hit
the floor, the full barrel makes less noise than the empty. The metaphor
has its echo in a relevant political question in the context of that time,
closing a critique to the “revisionists”, who cried loudly for the freedom
of criticism, an inconsequential appeal though, because it has no ideas.

Lenin writes: “Some of us scream: “Let us go into the marsh! And when we
begin to shame them, they retort: What backward people you are! Are you not
ashamed to deny us the liberty to invite you to take a better road! Oh,
yes, gentlemen! You are free not only to invite us, but to go yourselves
wherever you will, even into the marsh. In fact, we think that the marsh is
your proper place, and we are prepared to render you every assistance to
get there. Only let go of our hands, don’t clutch at us and don’t besmirch
the grand word freedom, for we too are “free” to go where we please, free
to fight not only against the marsh, but also against those who are turning
towards the marsh!”

“What is to be done?”, this has also been the question discussed by two
philosophers, Alain Badiou
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=113c8eadac&e=77ea0f8da1>
and Jean-Luc Nancy
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=f183deecca&e=77ea0f8da1>.
Let us focus on the last, who this year launched a book called precisely
“Que Faire?”: “Time urges because the task is long... Caught up in a
movement that began to move mountains, the worlds, forces, and forms in the
likeness of what regularly revolves and reshapes the river, we experience
an urgency: that of doing and thinking in order to be able to do. (...) It
is necessary to plunge into this river that is never the same, diving and
feeling the movement of the river bed, the movement of the banks, the force
of the current. And try to keep the spirit far away in the sea, where the
river reaches.”.

It was Ângelo Ferreira de Sousa
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=fae5e82555&e=77ea0f8da1>
who translated these words to Portuguese. It is him who propose to us to
think the question “What is to be done?”, title of his exhibition at
Sismógrafo, starting from a backdrop of more than 150 years. Without
offering a solution to the problem, the author reveals five unpublished
works through which we can find echoes, not only from the reflections of
Lenine, Marx, Badiou and Nancy, but also evocations of Godard
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=7b11a95f7f&e=77ea0f8da1>’s
cinema – “Pierrot le Fou”, of Marker
<http://sismografo.us3.list-manage1.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=7ce4cd1571&e=77ea0f8da1>’s
– “La Jetée” and of Assayas’s – “Carlos
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=b42fe95466&e=77ea0f8da1>”.
Video, drawing – a mural -, photography, performance and translation are
the material from which he approaches this question, which we still do not
know how to respond satisfactorily. Declining the verb suicidar (to commit
suicide) in Portuguese from Portugal and in Brazilian Portuguese, without
the spelling agreement and in chorus; reading a text out loud, changing
roles, genres and languages; failing successive attempts to put a plastic
bottle to fly, but insisting on this possibility to overcome destiny;
drawing a line of questions and answers passed to images inscribed on a
wall – and these drawings are already a crowd; singing with Karina and
Belmondo, in shades of blue and red, parrot on the shoulder, on the run,
always on the run: “What is to be done? I don’t know what is to be done!”

It is therefore necessary to dive into the river, to fight the marsh. As Samuel
Beckett
<http://sismografo.us3.list-manage.com/track/click?u=ab4eb899b20a1f87e612121f6&id=3ca8c719a3&e=77ea0f8da1>
wrote at the end of “The Unnamable” written in 1949: “(…) It will be the
silence, where I am, I don’t know, I’ll never know: in the silence you
don’t know. You must go on. I can’t go on. I’ll go on.”

Will we someday know what is to be done?


*Ângelo Ferreira de Sousa *(Porto, 1975) graduated in Fine Arts (painting)
at the Faculty of Fine Arts of Porto. He was a founding member of Caldeira
213 space (1999/2002). He’s a resident artist at The Window, Paris and
Hangar, Barcelona and a scholar from the same institution in two more
residencies: Marseille (Triangle - France) and Rotterdam (Duende Studios).
He is also a scholar from the Catalonia government in the project "Schengen
sem esforço". He’s been showing regularly since 1998 including, among the
solo shows: Orange - RosaLux, Berlin, 2016; Bibliothèque Trouvée - The
Window, Paris, 2013; Squamata - Banco Central, Rio de Janeiro, 2012;
Walhalla - performance - Berlin and Kassel, 2012; Praça do Anjo I a VI ,
with Carla Cruz - Porto, 2007-16; Fox Power 800 - MEWS, London, 2010;
Intelligence Services - Milan, 2005, and 70X7 - performance - Museu
Vostell, Cáceres, 2005. He also participated in several group shows such
as: Já reparaste como o ponto de interrogação... - Atelier-Museu Júlio
Pomar, Lisbon, 2016; Gramáticas Flexíveis - Casa das Artes, Porto, 2015; A
partir de mañana, todo – Center for digital culture - México, 2012; Dig-Dig
- Plataforma Revólver, Lisbon, 2012; Biennal d’Art Contemporain - Rennes,
2010; Espontani - Centre d'Art of Santa Mònica, Barcelona, 2007 ;
Busca-Pólos - Guimarães and Coimbra, 2006; Quartel – Porto, 2004 ;
Exploracions - Centre d'Art La Capella, Barcelona, 2003 and Arte Público –
Serralves Museum (Library), 2001. He is currently living and working
between Paris, Barcelona and Porto.

*Alfredo Costa Monteiro, Concerto/Performance*


"I started working with paper more than fifteen years ago when, for the
first time, I used a piece of cardboard as preparation to play the
accordion. It is, therefore, almost by chance that I began to develop a
practice that, over the years, would become a work in itself.

I work in many configurations, from the acoustic aspect with almost
inaudible micro-sounds to the amplification that, thanks to the micros,
give an unexpected identity and power to a material that seemed so fragile.

It is a work of surfaces, of contact of materials that make this weakness a
strenght, as a kind of phenomenology of everyday life where the sound is
the result of an experience driven by the gesture in its encounter with
matter.

A medium disconnected from its function, which is to receive a sign, mark,
trace or text in the form of a message, becoming a membrane ready to
vibrate and transmit another message, this one a sonorous one and in the
form of noise.

It's a solo for acoustic paper that I'm going to present at Sismógrafo.

It is always from constrictions that I work, in order to expand these
limits that restrict me; And it is within these limits that other
possibilities appear, other capacities to produce sound objects, less
obvious and therefore less predictable. Close to silence, around silence
and an almost-nothing."

Alfredo Costa Monteiro
Barcelona, December 2016


*Alfredo Costa Monteiro *nasceu em 1962 no Porto mas cedo se mudou para
França onde estudou escultura em Paris. Vive e trabalha em Barcelona desde
1992 focando-se na música improvisada, poesia visual e sonora e
instalações. Musicalmente trabalha com o acordeão, gira-discos,
electrónica, guitarra e objectos ressonantes para criar peças que alternam
entre o silêncio e o ruído mais áspero sempre com atenção detalhada para a
textura, dinâmica e tensão. As suas criações sonoras, quer compostas quer
improvisadas, tendem a partilhar processos instáveis, materiais e gestos em
bruto e restrições conceptuais. Com vários discos editados em editoras de
todo o mundo, além do trabalho a solo colabora frequentemente com outros
músicos e faz parte de vários grupos de improvisação, nomeadamente
Cremaster (com Ferran Fages), 300 Basses (com Jonas Kocher e Luca
Venitucci) e Atólon (com Ruth Barberán e Ferran Fages). Tem ainda vindo a
apresentar instalações sonoras em museus e galerias pela Europa. No campo
da poesia já viu o seu trabalho editado em Espanha e França, como é exemplo
a caixa “Anima” (editada este mês pela Lenke Lente Editions) que contém
poemas em diferentes línguas acompanhado por um CD com leituras da mesma.


*Brevemente/Upcoming*


*"Antro", poesia de / poetry of Rui Baião*
com/with Bruno Parrinha (saxofone/saxophone)
e/and Maria Radich (voz/voice): 21 Jan 22:00

*Pedro Sousa Vieira, "Uma varanda à justa" *
Exposição individual / Solo exhibition
Inauguração/Opening: 27 Jan 22:00

*Sebastião Resende*
Exposição individual / Solo exhibition
Inauguração/Opening: 3 Mar 22:00

*Amigos do Sismógrafo / Friends of Sismógrafo 2017*
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Campanha/Campaign: Jan 2017


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