<html><body><div><br data-mce-bogus="1"></div><div><br class="Apple-interchange-newline"><table name="1" cellpadding="0" cellspacing="0" bgcolor="#FFFFFF" border="0" style="border-collapse: collapse; color: rgb(0, 0, 0); font-family: sans-serif, Georgia, Times, serif; text-align: justify; widows: 1; width: 1449px;"><tbody><tr><td width="100%"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td width="35px" bgcolor="#ac2b44" style="border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68); border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(172, 43, 68);"></td><td style="padding: 0px 40px 0px 0px; border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68); border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(172, 43, 68);"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" style="border-collapse: collapse; width: 412px;"><tbody><tr><td></td></tr></tbody></table><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="right" border="0" style="border-collapse: collapse; text-align: right; width: 412px;"><tbody><tr><td><a href="http://www.ciac.pt/" target="_blank" style="text-decoration: none; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0);"><img alt="CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação" src="https://lh3.googleusercontent.com/b9Hv6zIrG-DqvaeLFDVBNQE-qcbODrxbWCJxy57mgRE=w621-h225-p-no" title="CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação" border="0" width="100" height="36" style="margin: 5px 0px 10px;"></a></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr><tr><td width="100%"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td style="width: 35px;"></td><td style="padding: 20px 23px 12px 0px;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" style="border-collapse: collapse; width: 842px;"><tbody><tr><td width="100%"><h1 style="font-size: 20px; line-height: 20px; margin: 0px;">Galeria Trem</h1></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr><tr><td width="100%" style="overflow: hidden;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td style="width: 35px;"></td><td style="border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68); padding-bottom: 10px;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: auto;"><tbody><tr><td width="100%" style="overflow: hidden; border: none; padding-right: 35px; width: auto;"><img src="https://lh4.googleusercontent.com/-zQ50n-89Ocs/VTO-A8AJnnI/AAAAAAAAE-w/rQs6hdRgC8Q/w525-h361-no/news.jpg" width="525" border="0" height="361" style="max-width: 100%;"></td></tr><tr><td style="padding-right: 15px; width: 100px;"><p style="font-size: 11px;"><span style="color: rgb(157, 157, 156);">Ernesto Ceriz, Sudários (detalhe), 2015 <br>imagens transferidas, colagens, grafite e acrilico sobre tecido, dimensões variáveis.</span></p></td></tr></tbody></table><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse;"><tbody><tr><td valign="top" style="padding: 0px 23px 15px 0px;"><span style="font-size: 11px;"><p><br><br><br><br><b>Ernesto Ceriz<br>O Azul do Céu Azul</b></p></span><span style="font-size: 10px;"><p style="font-size: 11px;">23 de Abril - 04 de Julho, 2015<br>April 23 - July 04, 2015</p><p style="font-size: 11px;"><b>inauguração | opening:</b> <br>quinta feira, 23 de Abril, 19h<br>thursday, April 23, 7pm</p><p style="font-size: 11px;"><b>Galeria Trem</b><br>Rua do TREM, n.º 5, <br>8000 Faro<br>Portugal<br>Terça-feira a Sábado 11h30 às 19h<br>Tuesday - Saturday 11:30am - 7pm<br>Telf.: 289 804 197</p><p style="font-size: 11px;"><b></b></p><b><p style="font-size: 11px;"><a href="http://www.cm-faro.pt/" target="_blank" style="text-decoration: none; color: rgb(0, 0, 0);">http://www.cm-faro.pt</a></p><p style="font-size: 11px;"><b>ENTRADA LIVRE | FREE ADMISSION</b></p></b></span><b></b></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr><tr><td width="100%" style="overflow: hidden;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td style="width: 35px;"></td><td style="border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68); padding: 0px 10px 20px 0px;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: auto;"><tbody><tr><td><br><p style="font-size: 11px;">Il y avait en bas une partie de rocher en surplomb. Si je n'avais, d'un coup de pied, arrêté ce glissement, nous serions tombés dans la nuit; et j'aurais pu croire, émerveillé, que nous tombions dans le vide du ciel. <br><br>Georges Bataille <br><br><br>A redundância do título, O Azul do Céu Azul, remete-nos a múltiplas interpretações. Conhecendo a obra de Ernesto Ceriz, concluímos que a redundância propositada é, na verdade, uma negativa: o azul do céu não é azul e, apesar da sua aparência leve e positiva, o duplo azul leva-nos aos tons plúmbeos que estão presentes em parte da obra, imagens recoletadas de outros contextos e autores, veladas pelo artista e reveladas neste processo. De Eisenstein a Buñuel, o que temos é um retrato cru da realidade que vislumbramos sob o céu. Neste caso, de um azul intenso nalguns desenhos que não escondem, no entanto, as fissuras do papel, a textura da tinta, o empastelamento. A obra de Ernesto Ceriz é um continuum que se replica em cada novo desenho, em cada nova tela, em cada pano que se descortina diante nos olhos que querem ver, mas que têm a visão toldada pela velatura interposta em cada imagem, num jogo de revelação/ocultação. Num jogo, como o título sugere, de duplicidade e de negação. O artista trabalha sobre artistas que trabalharam o real. Mas o realismo não está patente nem nos autores a que ele se refere e nem no que ele produz. Porque sobre tudo está patente o lirismo das imagens que se bastam, sem precisar de legendas ou explicações. Compõem, por si sós, poemas gráficos, são retratos de uma realidade transladada e recriada. Talvez por isto mais real. Porque nega esta condição e insiste na sua materialidade artística. <br><br>Em 1935, o escritor, pensador e ensaísta francês Georges Bataille escreveu um romance a que chamou de O azul do céu. Como a restante obra de Bataille, o lirismo evocativo do título é apenas uma porta de entrada num universo duro, perverso e mais que real, que não se compunge das suas personagens, mas que mergulha com cada uma delas no abismo das questões infindáveis que em dados momento todos nos colocamos. A busca da realização, da felicidade ou do amor, são caminhos que se percorrem de maneira solitária, e os encontros que se advinham não respondem aos apelos com a mesma intensidade e tessitura, mas desviam e desvirtuam os seus princípios. Este livro só foi publicado quase 20 anos após ter sido escrito porque Bataille se perguntava: Diante da própria tragédia, como prestar atenção aos seus sinais anunciadores? A obra inadvertidamente anunciava o horror da Guerra Civil Espanhola e compunha, através da personagem principal, os discursos de ódio e de desassossego que ecoaram nas palavras dos grandes ditadores ocidentais da segunda metade do séc. XX. Como poderia ele, Bataille, superar a realidade? A obra deixara de fazer sentido porque a realidade era muito pior e mais literária naquilo que a ficção possui de absurdo. A obra de Ernesto Ceriz não é perversa, nem anuncia um porvir que a tornará desnecessária. A sua obra é necessária porque o horror já se instalou de tal forma que se tornou familiar. E é no sentido de desnormalizar e de des-quotidianizar o horror que a obra de Ernesto Ceriz irrompe, usando o lirismo como arma. Só os iniciados poderão perceber o verdadeiro azul deste céu azul. Mas os outros poderão à mesma apreciar a obra. Que se basta. E que não precisa de referências para se compor, sozinha, enquanto discurso do visível e sobre à invisibilidade daquilo que está diante de nós e que queremos ver. <br><br>Mirian Tavares</p><table style="border-collapse: collapse;"><tbody><tr></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr><tr></tr><tr><td width="100%" style="overflow: hidden;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td style="width: 35px;"></td><td style="padding: 0px 10px 20px 0px;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: auto;"><tbody><tr><td><p style="font-size: 11px;"><span style="color: rgb(157, 157, 156);">PARCEIROS INSTITUCIONAIS | INSTITUTIONAL PARTNERS</span></p><br><img src="https://lh5.googleusercontent.com/-I_mwy4-zbVc/U8OhWY4moXI/AAAAAAAACno/9Gfc5W4-TF8/w1118-h107-no/logos_lona.tif" width="750" border="0" height="65" style="max-width: 100%;"></td></tr><tr><td></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr><tr><td width="100%"><table cellpadding="0" cellspacing="0" border="0" class="deviceWidth" style="border-collapse: collapse; width: 900px;"><tbody><tr><td width="35px" bgcolor="#ac2b44" style="border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(172, 43, 68); border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68);"></td><td style="padding: 10px 0px 0px 20px; border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(172, 43, 68); border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(172, 43, 68);"><table cellpadding="0" cellspacing="0" align="left" border="0" style="border-collapse: collapse;"><tbody><tr><td><a href="http://www.ciac.pt/" target="_blank" style="text-decoration: none; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0);"><img alt="CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação" src="https://lh3.googleusercontent.com/b9Hv6zIrG-DqvaeLFDVBNQE-qcbODrxbWCJxy57mgRE=w621-h225-p-no" title="CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação" border="0" width="100" height="36" style="margin: 5px 10px 0px 0px;"></a><p style="font-size: 11px;"><span style="color: rgb(157, 157, 156);">Campus Gambelas, <br>FCHS, edificio 1, sala 2.24<br>8005-139 Faro, Portugal<br><br></span><a href="mailto:secretaria.ualg@ciac.pt" target="#" style="text-decoration: none; color: rgb(157, 157, 156);">secretaria.ualg@ciac.pt</a> <br><a href="http://www.ciac.pt/" target="_blank" style="text-decoration: none; color: rgb(157, 157, 156);"><b>www.ciac.pt</b></a></p></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table></td></tr></tbody></table><br style="font-family: sans-serif, Georgia, Times, serif; font-size: medium; line-height: normal; text-align: justify; widows: 1;"><span class="_hsShareImage hsShareImage" data-url="https://lh4.googleusercontent.com/-zQ50n-89Ocs/VTO-A8AJnnI/AAAAAAAAE-w/rQs6hdRgC8Q/w525-h361-no/news.jpg" style="font-size: 11px; display: block; position: absolute; z-index: 8675310; cursor: pointer; height: 25px; opacity: 0.8; font-family: sans-serif, Georgia, Times, serif; line-height: normal; text-align: justify; widows: 1; top: 137px; left: 480px; width: 70px; background-image: url(chrome-extension://bjgfdlplhmndoonmofmflcbiohgbkifn/images/hootlet-sharer.png); background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></div></body></html>