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<p class=MsoNormal style='background:white'><st1:PersonName
ProductID="Galeria Pedro Oliveira" w:st="on"><span class=usercontent><b><font
size=5 face=Calibri><span style='font-size:18.0pt;font-family:Calibri;
font-weight:bold'>Galeria Pedro Oliveira</span></font></b></span></st1:PersonName><span
class=usercontent><b><font size=5 face=Calibri><span style='font-size:18.0pt;
font-family:Calibri;font-weight:bold'><o:p></o:p></span></font></b></span></p>
<p class=MsoNormal style='line-height:15.0pt;background:white'><span
class=usercontent><font size=2 color="#37404e" face=Calibri><span
style='font-size:11.0pt;font-family:Calibri;color:#37404E'><o:p> </o:p></span></font></span></p>
<p class=MsoNormal><b><font size=5 color="#990033" face=Calibri><span
style='font-size:16.0pt;font-family:Calibri;color:#990033;font-weight:bold'>Próxima
inauguração</span></font></b><font size=5 color="#990033" face=Calibri><span
style='font-size:16.0pt;font-family:Calibri;color:#990033'> _ </span></font><font
size=5 face=Calibri><span style='font-size:16.0pt;font-family:Calibri'>Sábado 7
Fevereiro</span></font><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'> </span></font><font size=5 face=Calibri><span
style='font-size:16.0pt;font-family:Calibri'>. 16h00</span></font><font size=5
color="#990033"><span style='font-size:16.0pt;color:#990033'><o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=5 color="#990033" face=Calibri><span
style='font-size:16.0pt;font-family:Calibri;color:#990033'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><st1:PersonName ProductID="RITA MAGALHÃES" w:st="on"><b><font
size=4 face=Calibri><span style='font-size:14.0pt;font-family:Calibri;
font-weight:bold'>RITA MAGALHÃES</span></font></b></st1:PersonName><font
size=4 face=Calibri><span style='font-size:14.0pt;font-family:Calibri'><o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='line-height:15.0pt;background:white'><font size=2
face=Calibri><span style='font-size:11.0pt;font-family:Calibri'>Espelho Negro<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><br>
<img width=408 height=296 id="_x0000_i1035"
src="cid:image001.jpg@01D04071.DD6F5ED0"><o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><b><i><font size=2 face=Calibri><span style='font-size:11.0pt;
font-family:Calibri;font-weight:bold;font-style:italic'>A fonte do puro olhar<o:p></o:p></span></font></i></b></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Calibri><span style='font-size:11.0pt;
font-family:Calibri'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Calibri><span style='font-size:11.0pt;
font-family:Calibri'>A fotografia de <st1:PersonName ProductID="RITA MAGALHÃES"
w:st="on">Rita Magalhães</st1:PersonName> foi, desde o seu início há quase duas
décadas, percorrida por um intenso, desmedido <i><span style='font-style:italic'>desejo
de pintura</span></i>. Como se a artista compreendesse que, desde sempre, a
memória da pintura enquanto tradição de produzir imagens inevitavelmente
habitou a fotografia qual <i><span style='font-style:italic'>cena primitiva</span></i>.
E como se, através desta última, ela procurasse constantemente voltar sobre
essa cena primeira, fundadora, original e originária. <br>
Nesse sentido se poderia afirmar que o olhar da Rita é como o de Ulisses. É um
olhar que incessantemente ali regressa, e a si regressa, como se essa fosse a
fonte verdadeira de todo o olhar que foi, é e será. Procurando reconhecer o que
apenas se entreviu, uma vez apenas, talvez, ou então o que tão-só se imaginou e
sonhou ver-se. O que abre para o campo do que desejou ver-se. <br>
Esse é, também, o olhar da pintura. Um misterioso olhar que cria mundos, que
descerra, desenha, apaga ou reinventa o próprio mundo, não tanto como ele é mas
como poderia ser. Porque a pintura é já forma de um <i><span style='font-style:
italic'>desejo de mundo</span></i> antes mesmo de representar qualquer lugar ou
forma havida do mundo ele-mesmo. Por isso Merleau-Ponti pôde falar d<i><span
style='font-style:italic'>o que falta ao mundo para ser quadro</span></i>.<br>
Assim, este olhar da artista vai percorrendo o mundo, vendo à sua volta,
curioso como o da criança procurando em cada coisa o seu sinal mais secreto, a
porta que aos poucos se descerra, o aviso discreto de que algo se aproxima e se
divisa ao longe, ao mesmo tempo terno e violento, como no entreabrir das
pálpebras depois do sonho, porém ainda antes do acordar. Mas algo que também
jamais se poderá captar, pois que se captado para sempre também se perderia. <br>
Um olhar todo nascido no silêncio, como se espera sempre do olhar próprio da
contemplação, ao mesmo tempo distraído e atento, curioso e indiferente,
interior e exterior, película finíssima entre os dois. O que ele capta, então,
não são as coisas tal como as vemos, nem as imagens das coisas que nos
despertam para elas mas em seu lugar o <i><span style='font-style:italic'>antes</span></i>
e o <i><span style='font-style:italic'>depois</span></i> de elas já serem, ou
terem sido. O que fica no meio e as surpreende no caminho de serem. <br>
Um olhar assim quase não se vê, ninguém dá por ele. Nem quando se projecta,
como aqui, subitamente esclarecendo um outro sentido para as imagens. Passa
silencioso entre as coisas e mal poisa nelas, quase não as toca, apenas lhes
sente a presença e a surpreende, tornando-a táctil, visível, sob uma luz
esparsa que revela tanto quanto esconde. Um olhar assim devolve às coisas o seu
mistério, não as quer desenhadas e nítidas, ou abstractas, mas antes cheias de
símbolo e distância, operando como agentes de metamorfose. Transfigura. <br>
Por isso as cidades que ele vê têm distâncias, luzes, poeira de oiro, uma bruma
que dissolve os contornos das coisas como a humidade que sobe do mar ou do rio,
e que parece transfigurá-las como se sob a luz vaga de alguma aparição. As
cidades fundem-se, alucinatórias quase liquefazem-se, as suas personagens são
líquidas e atravessam-nas como se perdessem nelas a forma da inteireza. E a
própria luz é um manto que se estende sob o olhar. Não há contornos mas cores,
manchas, surdas reverberações de <st1:PersonName ProductID="luz e de" w:st="on">luz
e de</st1:PersonName> atmosfera sob um enigmático prisma. As próprias cores se
diluem umas nas outras, como na pintura de Ensor ou de Hammershoi e de <st1:PersonName
ProductID="António Carneiro" w:st="on">António Carneiro</st1:PersonName> que
quis ver na diluição o caminho mais aberto que a luz pede para entrar na
pintura e a devorar em incêndios.<br>
Depois das series que dedicou a Vermeer ou Caravaggio, Ingres ou Délacroix, não
surpreende agora que a artista queira mergulhar nesses abismos simbolistas para
onde a chama o seu temperamento sonhador de pintora que pinta com a fotografia.
E que a entende como uma continuidade natural ainda que mecânica dessa tradição
de olhares que porventura nasceu no mito Grego daquela jovem que desenhou sobre
a sombra do amado que partia para a guerra o seu retrato.<br>
Não interessa pois aqui se são cidades, transportes de imagens captadas em
algum exterior, sombras de muros, pedras e clarões de céu, ou paisagens que
evocam as de Barbizon, já que estas imagens o que fixam é um modo de olhar. Que
se afina e vai cada vez mais longe na sua perseguição consciente de alguma
coisa a que só pelo olhar se chega. A via estreita e misteriosa de uma outra
forma de relação com o mundo. Um sentimento do mundo e do tempo, isto é a
percepção de uma temporalidade outra que persiste nas coisas como um eco muito
depois de as percorrermos com o ver. Tal é a natureza misteriosa e fugaz do
olhar a que só a pintura pode dar uma dimensão concreta e visível. Sem a
pintura jamais saberíamos de que é feito o olhar. E na era da fotografia, <st1:PersonName
ProductID="RITA MAGALHÃES" w:st="on">Rita Magalhães</st1:PersonName> pinta com
as suas fotografias sem ver nisso qualquer problema, bem pelo contrário, já que
num plano mais íntimo, que é o da imagem, nada diferencia a pintura da
fotografia, antes uma ecoa na outra.<br>
Porque a pintura nasce dessa vontade, desse desejo de fixar não as coisas ou a
sua imagem mas tão só a impressão das coisas e do mundo, dos seres e das
atmosferas, o modo como elas afectam o olhar. <br>
A pintura é um olhar, muito mais do que uma técnica. É o olhar que revela. O
olhar da sibila, o olhar que regressa e a si regressa, porque onde quer que
poise abre uma pátria. A pátria inesperada mas todavia sempre à nossa espera
onde se aloja a <i><span style='font-style:italic'>fonte do puro olhar.</span></i>
<br>
<st1:PersonName ProductID="Bernardo Pinto de" w:st="on"><b><span
style='font-weight:bold'>Bernardo Pinto de</span></b></st1:PersonName><b><span
style='font-weight:bold'> Almeida</span></b> (Janeiro 2015)<br>
<br>
<br>
<b><span style='font-weight:bold'>Inauguração 07 Fevereiro . 16h<br>
</span></b>10 Fevereiro > 21 Março
2015
<br>
Terça - Sábado 15-20h<br>
<br>
<b><span style='font-weight:bold'>Para imagens ou mais informações contacte <st1:PersonName
ProductID="Nuno Lapa" w:st="on">Nuno Lapa</st1:PersonName> através dos
contactos da <st1:PersonName ProductID="Galeria Pedro Oliveira" w:st="on">Galeria
Pedro Oliveira</st1:PersonName> ou (+351) 918 494 794 </span></b><o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=2 face=Verdana><span style='font-size:10.0pt;
font-family:Verdana'><o:p> </o:p></span></font></p>
<div>
<p class=MsoNormal><st1:PersonName ProductID="Galeria Pedro Oliveira" w:st="on"><b><font
size=3 face=Candara><span style='font-size:12.0pt;font-family:Candara;
font-weight:bold'>GALERIA PEDRO OLIVEIRA</span></font></b></st1:PersonName><b><font
face=Candara><span style='font-family:Candara;font-weight:bold'><o:p></o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal><font size=1 face=Candara><span style='font-size:8.0pt;
font-family:Candara'>Calçada de Monchique, 3 . 4050-393 Porto.
Portugal<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=1 face=Candara><span style='font-size:8.0pt;
font-family:Candara'>Tel. (+351) 22 200 7131 . Tm. (+351) 918 494 794</span></font><b><font
face=Candara><span style='font-family:Candara;font-weight:bold'><o:p></o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal><font size=1 face=Candara><span style='font-size:7.0pt;
font-family:Candara'><a href="mailto:gpo@galeriapedroooliveira.com">gpo@galeriapedroooliveira.com</a>
| <a href="http://www.galeriapedrooliveira.com/">www.galeriapedrooliveira.com</a><o:p></o:p></span></font></p>
</div>
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