<html><body><div class="section">
<div class="layoutArea">
<div class="column">
<p><span style="font-size: 17.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-size: 17pt; font-family: Helvetica; font-weight: 700; ">MARTA SOARES </span><span style="font-size: 13pt; font-family: Helvetica; font-weight: 700; ">Novas pinturas</span></p>
<p><font color="#808080" face="Helvetica"><span style="font-size: 11px;"><br></span></font></p>
<p><span style="font-size: 13.000000pt; font-family: 'Times'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-family: Times; font-weight: 700; font-size: 14px; ">MÓDULO – Lisboa
</span></p>
<p><span style="font-family: Times; font-size: 14px; ">CENTRO DIFUSOR DE ARTE
CALÇADA DOS MESTRES, 34 A – 1070-178 LISBOA
TEL: 351.21.388 55 70 e-mail: modulo@netcabo.pt
</span></p>
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px; font-family: helvetica, sans-serif; "><span style="font-weight: 700; " data-mce-style="font-weight: bold;">>>>>>>>> Inauguração: </span>3.03.12, das 18h – 20h (até 10/4)
</span></p>
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">Horário: terça a sábado, excepto feriados, das 15h às 20 horas, até 10/04/12 </span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Marta Soares </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">(Lisboa, 1973) regressa ao Módulo com uma novo conjunto de
pinturas. Esta artista iniciou a sua carreira no início da década de 90 afirmando-
se com um percurso pessoal e de grande coerência. A obra desta pintora
caracteriza-se pela afirmação da fisicidade do material (acrílico), pela reflexão
sobre o processo pictórico, pela independência do material em relação ao
suporte e, finalmente, pela questão objetual da pintura e a negação do gestual.
</span></p>
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">Sobre a obra de </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Marta Soares </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">escreveu Carlos Vidal num catálogo sob o
título, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Escultura da invisibilidade: </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">“... Marta persegue a escultura através da
pintura, investe as grelhas de elementos habitualmente heterogéneos...
escolhe como visíveis, ou presentificados, os elementos soterrados da pintura,
as suas “costas”. É desta reinversão permanente que nasce o informe, e é </span><span style="font-family: Helvetica; font-size: 11pt; ">sobretudo daqui que nasce a pintura, precisamente porque “nasce” e não pré-
existe ao processo. Marta enfatiza-o como “fundadora” do quadro, não porque
seja uma artista “processual” nem “experimental”, mas porque vê no processo
uma desocultação da própria pintura.”</span></p></div></div></div><div class="column">
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">A pintura de </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Marta Soares </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">constrói-se a partir sempre de um referente inicial.
Neste caso uma parede de azulejos que serve de matriz para todos estes
trabalhos. Cabe aqui citar José Luís Porfírio (Expresso 10.04.10): “... Uma
grelha... ou a multiplicada multidão de pequenos quadros dentro do quadro que
acontecem caso a caso, por vezes com uma minúcia surpreendente, a sua
presença é fortíssima de longe e fascínio caleidoscópio de perto, e tudo
acontece como se fosse obra do acaso, ou antes, da erosão, obra do tempo
desagregador das coisas, trabalhando-as, enriquecendo-as continuadamente.“.
O próprio processo nega qualquer vestígio da mão (gesto da pintora), pois o
que vemos é sempre o negativo da pintura inicial realizada na parede de
azulejos. É a parede que serve de objecto para esta pintura. As obras de </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Marta
Soares, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">que agora se apresentam, vêm na continuidade dos trabalhos da sua
mostra anterior, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Wallsurfing, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">em que a pintura se apresentava como uma
metáfora de lugares que estiveram na sua origem. Agora, a pintura apresenta-
se como matéria autónoma e expressiva de uma multiplicidade de imagens
possíveis a partir de um ponto de partida comum e aonde a dimensão óptica e
imaterial da imagem ganha particular relevo.
</span></p>
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">Se na exposição anterior, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'; font-weight: 700">Wallsurgfing, Marta Soares </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">transferia as marcas
deixadas por grafitistas na parede, agora é a própria parede que é
representada com todos os seus acidentes, diria mesmo que nestes trabalhos
há um diálogo entre a grelha modernista e o “objet trouvé” dadaísta.
</span></p>
<p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'"><br></span></p><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Helvetica'">Obras desta pintora figuram em reconhecidas colecções institucionais como,
C.A M.-Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Veranneman, Bélgica,
Fundação P.L.M.J., Museu de Arte Contemporânea de Elvas e Fundação
carmona e Costa, entre outras. </span></p>
</div></body></html>