<img title="trama3.png" alt="trama3.png" src="http://joaomartins.entropiadesign.org/wp-content/uploads/2010/05/trama3.png"><br><div class="gmail_quote"><br><b><font size="4">trama³ [trama ao cubo]</font></b><br><b>Tear Sonoro / Concerto</b><br>
<font size="4">um projecto de João Martins, com Gustavo Costa e Henrique Fernandes
<b><br><br>AVEIRO</b>: 2 de Julho (sexta-feira), 22h00, <a title="PerFormas,
Estúdio de Artes Performativas" href="http://performas.blogspot.com/" target="_blank"><b>Estúdio
Performas</b></a> | Auditório</font><br><br>Neste projecto, um tear artesanal transforma-se num hiper-instrumento
musical, com diversos registos tímbricos em configurações interligadas
que permitem aos 3 músicos abordá-lo ora como um instrumento único,
ora como um ensemble quase orquestral. Sobre a estrutura do tear, em
intervenções que procuram compreender o seu funcionamento primário,
enquanto exploram um vasto conjunto de possibilidades sónicas—
sugeridas, na sua maior parte, pela observação de teares nos seus
contextos originais—, fixam-se cordas, molas, caixas e vários objectos
comuns, distribuindo pelas várias “faces visitáveis” da máquina, modos
de produção de som interligados.<br><br>E, do mesmo modo que a concepção e construção do próprio instrumento
procura compreender e valorizar os aspectos funcionais pré-existentes, a
concepção global do projecto procura estabelecer pontes tangíveis
entre os modos e os conteúdos da nova produção musical e as técnicas
artesanais, as pessoas e os locais que compõem a memória do objecto.
Gestos da tecelagem e das actividades relacionadas são recuperados como
gestos de produção sonora no novo instrumento; recolhas de sons quer
dos teares, quer das paisagens sonoras em que os descobrimos integram,
como texturas e como motivos, o reportório concebido.<br><br>Estes teares— os seus “corpos”, o seu universo e identidade particular—
são por isso, física e conceptualmente, o material de base para mais
dois músicos— cúmplices de longa data—, artesãos, inventores e
construtores de instrumentos que interpretam com as suas próprias
ferramentas o desafio original.<br><br>Uma intrincada teia que cruza <b>Música</b> e <b>Arte Sonora</b>, aborda várias
definições possíveis de instrumento musical e estende uma ponte audível,
atenta e crítica entre práticas artísticas e práticas artesanais,
enquanto reconhece o valor primordial das paisagens naturais e humanas
genuínas.<b><br></b><ul><li><b><a href="http://joaomartins.entropiadesign.org/2010/06/23/trama%c2%b3-uma-amostra/" target="_blank">Conheça mais sobre o projecto e ouça uma amostra áudio no meu blog »<br></a></b></li><li>
<b><a href="http://www.flickr.com/photos/joaomartins/sets/72157623727449882/" target="_blank">Veja imagens do processo de construção do instrumento no Flickr »<br>
</a></b></li></ul><p><font size="4"><b>Estúdio Performas</b></font><br>Largo do Mercado, 1<br>3800-223 Aveiro<br>Portugal<br>T +351 234 192 331<br>M
<a href="mailto:performas@performas.org" target="_blank">performas@performas.org</a><br><a href="http://maps.google.pt/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&msa=0&ll=40.642602,-8.649126&spn=0.002304,0.004823&z=18&msid=114829103987064972169.00047f30afd170e569589" target="_blank"><font size="1">Ver no Google Maps »</font></a><br>
</p>
<p>Uma encomenda do <a title="Câmara Municipal do Fundão" href="http://www.cm-fundao.pt/" target="_blank"><b>Município do Fundão</b></a><br>
Co-produção: <a title="Câmara Municipal do Fundão" href="http://www.cm-fundao.pt/" target="_blank"><b>Câmara Municipal do Fundão</b></a>
– <a title="A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes" href="http://www.amoagem.com.pt/" target="_blank"><b>A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes</b></a>
/ <a title="Granular" href="http://www.granular.pt/" target="_blank"><b>Granular
Associação</b></a><br>
Produção executiva e acolhimento: <b><a title="A Moagem - Cidade do
Engenho e das Artes" href="http://www.amoagem.com.pt/" target="_blank"><b>A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes</b></a></b></p>
<h3>História do Projecto</h3>
<p>Em 2005, como parte do processo de concepção dum espectáculo de
teatro, concebi e construí um instrumento musical reutilizando a
estrutura dum tear manual de mesa, que tinha utilizado em trabalhos
oficinais como aluno do ensino secundário. O instrumento, a que chamei <b>Contratear</b>-
a partir do nome da peça, <a title="O Contrabaixo, Visões Úteis, 2005" href="http://www.visoesuteis.pt/criacoes/contrabaixo_1.html" target="_blank"><b>“O
Contrabaixo”</b></a> (<a title="Visões Úteis" href="http://www.visoesuteis.pt/" target="_blank"><b>Visões Úteis</b></a>,
2005)-, foi usado posteriormente em vários concertos e performances e
passou a integrar o meu instrumentário regular. Em 2009, <a title="A
Moagem - Cidade do Engenho e das Artes" href="http://www.amoagem.com.pt/" target="_blank"><b>A Moagem - Cidade do Engenho e
das Artes</b></a>, propõe à <a title="Granular Associação" href="http://www.granular.pt/" target="_blank"><b>Granular</b></a> o
desenvolvimento dum projecto musical centrado nos esforços de
dinamização da actividade artesanal de grupos de tecedeiras nas <a title="Aldeias do Xisto" href="http://www.aldeiasdoxisto.pt/" target="_blank"><b>Aldeias
do Xisto</b></a> e a <a title="Granular Associação" href="http://www.granular.pt/" target="_blank"><b>Granular</b></a>
contacta-me, por causa do <b>Contratear</b>. E, assim, em Maio
de 2009, estive em residência artística nas <b><a title="Aldeias
do Xisto" href="http://www.aldeiasdoxisto.pt/" target="_blank"><b>Aldeias do Xisto</b></a></b>
(Janeiro de Cima e Bogas do Meio), tendo como objectivo de curto prazo a
concepção duma <a title="Sobre o tecer devagar, aqui no blog" href="http://joaomartins.entropiadesign.org/2009/06/16/tecer-devagar/" target="_blank">performance
a apresentar na <b>LX Factory</b></a>, em Junho de 2009 e,
como objectivo final a concepção e construção dum novo instrumento
musical construído a partir dum tear. Essa primeira fase, a solo, mudou
consideravelmente a minha relação com o <b>Contratear</b>,
não tanto pela <a title="Sobre o tecer devagar, aqui no blog" href="http://joaomartins.entropiadesign.org/2009/06/16/tecer-devagar/" target="_blank">performance</a>
que realizei na <b>Arthobler</b> / <b>Ler Devagar</b>
(<b>LX Factory</b>), mas pela imersão no universo dos teares
artesanais e pela descoberta de imensos pontos de contacto entre os
objectos da tecelagem e diversos instrumentos musicais, mas também entre
os processos de concepção e registo dos padrões em uso nas práticas
artesanais e técnicas de composição e escrita musical. A compreensão,
também nessa altura, do carácter primordial do tear, enquanto
máquina-ferramenta universal e a reflexão sobre o seu desenvolvimento
mecânico e técnico, especialmente a partir da Revolução Industrial, e
sobre o significado que a manutenção das práticas artesanais tem, face a
esse desenvolvimento, influenciaram de forma decisiva, ainda que menos
visível, a orientação conceptual do projecto para o qual, desde o
início, contava com a colaboração do <b>Gustavo Costa</b> e do
<b>Henrique Fernandes</b>, parceiros em variadíssimos
projectos e, eles próprios, inventores e construtores de instrumentos. A
estratégia usada na performance a solo de 2009, recorrendo a uma base
audiovisual construída pela selecção, edição e manipulação de recolhas
áudio e vídeo feitas durante a residência provou a sua eficácia quer
como mecanismo de referenciação, quer como partitura estrutural e com
base nessa primeira experiência, a segunda fase do projecto avançou para
a concepção e construção dum novo instrumento sobre a estrutura
pré-existente dum daqueles teares. Nesta <a title="Residência artística
no Fundão" href="http://joaomartins.entropiadesign.org/2010/03/15/projecto-teares-inicio-da-residencia-artistica-no-fundao/" target="_blank">segunda
fase</a>, trabalhámos já em conjunto, no <b>Fundão</b>,
procurando transferir todas estas preocupações para o próprio processo
de construção, a que acrescia a vontade e necessidade de diversificar os
modos de produção de som, por forma a aproveitar ao máximo a área
disponível na estrutura e alcançar o objectivo de, em vez de sobrepôr
vários pequenos instrumentos à estrutura, usá-la como base dum
instrumento único, polivalente, com o máximo de módulos interligados. A
interpretação do desafio original, concretizou-se e expandiu-se no
encontro das 3 personalidades e experiências específicas e com o
contributo crítico de quem acompanhou este processo e, especialmente, de
<b>Albrecht Loops</b>. Além da concepção e construção deste
novo instrumento, realizámos novas recolhas sonoras e testámos novas
formas de utilização e manipulação e desenvolvemos estratégias
composicionais baseadas em regras simples e padrões que referenciam, de
alguma forma, o universo das práticas artesanais e estudámos e
estruturámos vários modos performativos. Um processo desta natureza
evolui constantemente e não tem um fim natural; apenas<br>
pontos de paragem e reflexão que sugerem novos desenvolvimentos. O ponto
onde nos encontramos é particularmente rico: não só possuímos um
instrumento poderoso e flexível, como dominamos formas performativas
coerentes e consequentes. A documentação e enquadramento da globalidade
do projecto permitirão uma leitura mais completa e rica do objecto em
si mesmo, mas as suas actuais possibilidades performativas são
inegáveis.</p><br>João Martins<br><br><a href="http://joaomartins.entropiadesign.org" target="_blank">http://joaomartins.entropiadesign.org</a><br><a href="http://www.facebook.com/joaomartins.fb" target="_blank">http://www.facebook.com/joaomartins.fb</a><br>
</div><br>