[ARENA] THEM OR US! Um Projecto de Ficção Científica Social e Política _ INAUGURAÇÃO_ dia 2 de Junho (sexta) _ 21.30h _

paulo mendes paulomendes21 gmail.com
Sexta-Feira, 26 de Maio de 2017 - 00:51:01 WEST


THEM OR US!


Um Projecto de Ficção Científica Social e Política





Galeria Municipal do Porto

Inauguração_ dia 2 de Junho (sexta) _ 21:30h




um projecto comissariado por _ Paulo Mendes





THEM OR US!



*“Em história, falamos do que aconteceu. Na arte, falamos do que poderia
ter acontecido.”**Alexander Sokurov*



*COM A PARTICIPAÇÃO _ de [ … ]*


ALBERTO GARCÍA-ALIX _ ALEXANDRA MOURA _ ANDRÉ ALVES _ ANDRÉ CEPEDA _ ANDRÉ
TRINDADE e FILIPA CORDEIRO _ ANDRES SERRANO _ ANGELA BULLOCH _ ÂNGELA
FERREIRA _ ANTONI MUNTADAS _ ANTÓNIO AREAL _ ANTÓNIO CARAMELO _ ANTÓNIO
JÚLIO DUARTE _ ANTÓNIO MELO _ ANTÓNIO OLAIO _ ANTÓNIO PALOLO _ ARLINDO
SILVA  _ AXEL STOCKBURGER _ CARLOS CORREIA _ CORY ARCANGEL _ CHRISTIAN
ANDERSSON _ CHRISTIAN BOLTANSKI _ CHRISTOPHER WILLIAMS _ CRISTINA
MATEUS _ DANIEL
BARROCA _ DIDIER FIÚZA FAUSTINO

EDUARDO BATARDA _ EDUARDO MATOS _ ERWIN WURM _ ESTELITA MENDONÇA _ FERNANDO
BRITO _ FERNANDO BRÍZIO _ FERNANDO JOSÉ PEREIRA _ FERNANDO J. RIBEIRO _ FILIPA
CÉSAR _ FRANCISCO QUEIRÓS _ HANS-PETER FELDMANN _ HAIM STEINBACH _ HORÁCIO
FRUTUOSO _ HUGO CANOILAS _ HUGO DE ALMEIDA PINHO _ IGNASI ABALLÍ _ IGOR
JESUS _ JÉRÉMY PAJEANC _ JOÃO BISCAINHO _ JOÃO FERRO MARTINS _ JOÃO MARIA
GUSMÃO e PEDRO PAIVA _ JOÃO MARÇAL _ JOÃO ONOFRE _ JOÃO PINA _ JOHN
BALDESSARI _ JONATHAN MONK _ JORGE MOLDER _ JORGE LOURENÇO _ JOSÉ ALMEIDA
PEREIRA _ JUAN ARAÚJO _ JULIÃO SARMENTO _ LARA TORRES _ LAWRENCE
WEINER _ LEONOR
ANTUNES _ LUÍS PAULO COSTA _ MAFALDA SANTOS _ MANUEL SANTOS MAIA _ MARIA
TRABULO _ MAX FREY _ MIGUEL PALMA _ MIGUEL SOARES _ MIKE KELLEY _ NIKOLAI
NEKH _ NORMAN McLAREN _ NUNO PIMENTA _ NUNO RAMALHO _ PATRÍCIA ALMEIDA _ PAULO
T. SILVA _ PEDRO TUDELA _ PIERRE CANDIDE _ RENATO FERRÃO _ RITA CASTRO
NEVES _ RODRIGO OLIVEIRA _ ROGÉRIO RIBEIRO _ ROGELIO LÓPEZ CUENCA _ ROSA
RAMALHO _ ROSÂNGELA RENNÓ _ RUI MANUEL VIEIRA _ RUI TOSCANO _ RYAN
GANDER _ STEFAN
BRÜGGEMANN _ TARYN SIMON_ TIAGO ALEXANDRE _ TITO MOURAZ _ VON CALHAU _
YONAMINE



*INAUGURAÇÃO_ dia 2 de Junho (sexta)_21.30h *
*[ … ]*Galeria Municipal do Porto localizada nos Jardins do Palácio de
Cristal

> + info >
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*Programa a partir das 22.00h CONCERTOS *VON CALHAU!
TWIN GIRLS AND WILD BOYS

*PERFORMANCES*

ANTÓNIO CARAMELO

HUGO ALMEIDA PINHO

e a colaboração de
ANTÓNIO LAGO

JOCLÉCIO AZEVEDO


*[ … ]*


THEM OR US!



*“Em história, falamos do que aconteceu. Na arte, falamos do que poderia
ter acontecido.”**Alexander Sokurov*


THEM OR US! é uma exposição de ficção científica social e política, onde o
futuro se intersecta com o passado originando o presente.

Disseram-nos há pouco que este era o tempo da livre circulação, da abolição
das fronteiras, da queda dos muros, que o equilíbrio social estava
garantido pelo triunfo de uma sociedade padronizada pelo consumismo e pela
riqueza financeira especulativa e que era o fim da história.

Dizem-nos agora que não, que o final desta história tem sequelas e que a
imprevisibilidade do nosso precário presente está a redigir uma nova
narrativa.
Hoje, as últimas notícias avisam-nos que estão a levantar novos muros
contra os invasores. Esta é a nossa realidade com os seus pecados
civilizacionais. Uma realidade que perdeu qualidades.



Na década de cinquenta, a história aparentava ser mais simples. O
maniqueísmo político era mais primário, eles e nós, os outros, do outro
lado da cortina de ferro. Eles personificavam os terríficos invasores da
terra prometida, seres alienígenas que tinham de ser derrotados pelas
forças de bem. Nos filmes de ficção científica o invasor, estava manchado
de vermelho, esse invasor externo era comum, esse inimigo era o comunismo,
era uma personagem do outro lado do muro. Nessas velhas películas de
celulose ficaram registadas as metafóricas monstruosidades politicas, para
consumo em matinés ao gosto popular.

Num tempo de ilusória inocência as representações do invasor inimigo eram
primitivas enquanto presença física e ideológica, no tabuleiro de xadrez em
que a guerra fria se desenrolava, num esquemático sistema de propaganda,
num infantil conto moral infantil, a luta entre o bem e o mal, o medo do
outro desconhecido.

A queda do Muro de Berlim em 1989, e a proclamação do fim da história foi
um exercício prático dessa perda de inocência.



Este projecto vai usar como máquina conceptual a ideia de “invasor” nas
suas possíveis formulações, a criação do medo “do outro”, consequência da
invasão territorial através do refugiado, do terrorista ou do turista, da
invasão biológica através de novos vírus, contaminações, mutações
contemporâneas que alteram o corpo primitivo. Em perspectiva estará também
a transformação dinâmica e orgânica de algo indefinido, sejam as fronteiras
geográficas ou o controle do corpo físico, a sua transformação e corrupção,
contaminação ou metamorfose de género.

As tarântulas gigantes que dizimam ou provocam o caos nas cidades não
chegam hoje em estranhos UFO, naves retro futuristas, mas desembarcam em
precários barcos nas praias gregas, berço do pensamento europeu, pensamento
humanista agora subserviente ao discurso económico.

O século XXI, é o século que vem depois das grandes tragédias e do fim de
todas as grandes utopias do século XX. Uma Europa sem resposta ou enxotando
para as suas margens a resolução do problema que politicamente não quer
enfrentar.
A crise económica apenas reforça a evidência da instabilidade social e a
precariedade da tolerância social na Europa democrática. Qual o nível de
tolerância para com as identidades “exteriores”? Como pode esta velha
Europa encontrar a unidade no seu interior estilhaçado por identidades
múltiplas. E como vai ela resolver a integração das outras identidades que
lhe são estranhas? O aparente sucesso económico da Europa contraria as
fragilidades do seu posicionamento político perante os grandes conflitos
internacionais reduzindo o seu campo de influência no xadrez da geopolítica
internacional.

De que forma a velha Europa, com os seus valores humanistas, se vai adaptar
a essas novas realidades e como se vai relacionar com a emigração massiva?
Como vão as políticas económicas de um capitalismo global corresponder às
expectativas criadas pelo Estado Social?
Os novos movimentos de intervenção social tentam contrariar a passividade,
a anestesia social dos espectadores europeus, que apenas serve para
perpetuar a desigualdade social não permitindo uma superação das diferenças
nacionais.
Entre a nostalgia da memória de um passado grandiosa e a as ruínas das
convulsões sociais, entre as velhas cicatrizes e a fractura iminente uma
nova Europa está em construção.



Entre as distopias de futuros incertos antecipadamente escritos em contos
de ficção científica e a “realidade suja” que trilhamos no nosso
quotidiano, a figura das vanguardas históricas, artísticas e políticas,
paira como um fantasma personificado na figura do zombie*,
*consciência-histórica
transtemporal, metáfora das vanguardas ultrapassadas, do precipitado e
anunciado fim da história, do sucessivamente proclamado fim da arte e de
uma sociedade em estado de emergência.



*[ … ]*


                                              THEM OR US!
-------------- próxima parte ----------
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