[ARENA] Convite exposição pós-graduação curadoria de arte ::: A vida está lá fora

Sandra Vieira Jürgens sandravieirajurgens gmail.com
Sexta-Feira, 16 de Setembro de 2016 - 13:28:35 WEST


A VIDA ESTÁ LÁ FORA

ARTISTAS: ANDRÉ ALVES | ANTÓNIO JÚLIO DUARTE | BRÍGIDA MENDES | DANIEL
BARROCA | JOÃO ONOFRE | JOÃO PAULO SERAFIM | JOSÉ LUÍS NETO | MARTA CASTELO
| NUNO DA LUZ | PEDRO BARATEIRO | RICARDO JACINTO | SUSANA ANÁGUA | SUSANA
GAUDÊNCIO

Inauguração: 17 de setembro, às 18h30

Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa. De 18 de setembro a 16 de
outubro de 2016

A VIDA ESTÁ LÁ FORA é uma exposição que tanto sugere uma divagação
nostálgica, como uma insurreição contra o simulacro que nos encerra e que
nos apela a sair, para fora de nós. Após a invenção da perspetiva como
sistema de representação, a figuração deslocou-se para o lugar do
espectador — para a forma como o mundo se lhe apresenta e interpela o olhar
e os sentidos. Assim o exercício da representação desinteressou-se do real
preferindo explorar os mecanismos que o percecionam ou o seu simulacro.  O
simulacro, no limite da sua perfeição, fixa uma realidade paralela, que é
controlável e por isso preferível ao original. Paradoxalmente, parece
garantir também uma espécie de “acesso imediato ao Real”.

A VIDA ESTÁ LÁ FORA lança um convite para um percurso no qual categorizamos
os simulacros em três temas. Num primeiro momento, num contexto imaginário
a que chamámos COMÍCIO, evoca-se o aglomerado social e a utopia de
entendimento. A linguagem une a humanidade na igual proporção em que a
divide, organiza-a segundo escalões de poder e estratifica-a
burocraticamente. Quer como instrumento de controlo remoto quer como
miragem de rutura, liberdade e de entendimento, a comunicação está povoada
das interferências de uma maldição babélica.

Num segundo momento, na zona CINEMATÓGRAFO, artilha-se um mecanismo de
imersão. A experiência no cinema é, primeiro, física: o silêncio e a
escuridão, simultaneamente individual e coletiva. O pulsar do sangue e a
intermitência da respiração tornam-se audíveis no escuro. Despertado o
cinematógrafo – a cada grão de luz na engrenagem, no ruído, na desfocagem,
na dissolução da imagem – ele opera como a memória: de forma anacrónica, em
sobreposição, em direto, diferido e em looping.

Num terceiro, e último momento, um JARDIM imaginário prefigura a réplica
perfeita. Vagamente evocativos de recreio, os jardins e os parques são
espaços de interrupção da vida ativa para dar lugar ao lazer e convívio ao
ar livre, de forma moderada, controlada e circunscrita por uma vedação.
Convocam-se em tom nostálgico as naturezas-mortas, as paisagens ausentes,
os taxidermistas e as classificações num território-maqueta estagnado,
pantanoso e labiríntico.

Tudo termina onde começa: na linha de horizonte, o cordel omnipresente que
nos informa das orientações e medições que temos do mundo. Este está num
beco e esconde uma mensagem. Aproximamo-nos para ler: A vida está lá fora
(título da peça homónima de André Alves).

A VIDA ESTÁ LÁ FORA é uma exposição concebida pelos alunos da primeira
edição da pós-graduação em Curadoria da Arte, da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Curadoria | Bruno Pelletier Sequeira, Catarina Pombo Nabais, Cláudia
Ribeiro, Hilda Frias, Joana Brito, Luciana M. Meirelles, Margarida Eloy,
Maria Xavier, Pietra Fraga, Pedro Faria, Rodrigo Ezequiel, Sérgio Azevedo,
Sofia Rodrigues


ATIVIDADES EM TORNO DA EXPOSIÇÃO

Visitas orientadas | conversas

Sábados, dias 24 de setembro e 15 de outubro, às 17h.



Torreão Nascente da Cordoaria Nacional

Av. da Índia 1300-299 Lisboa
Aberto de terça a sexta, das 10h às 13h e das 14h às 18h (sábados e
domingos, das 14h às 18h). Encerra às segundas e feriados. Última admissão:
30 minutos antes da hora de encerramento.
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