[ARENA] Cineclube Lusófona_Manoel Oliveira+César Monteiro+Pedro Costa + Miguel Gomes _ 13º ciclo

José Maia manuelsantosmaia gmail.com
Sábado, 9 de Fevereiro de 2013 - 23:29:38 WET


Caros amigos,

Na próxima Quarta, dia 13, iniciamos o 13º ciclo do Cineclube da
Universidade Lusófona: "Ontem como Hoje", programado por José Maia.

Cada sessão tem apresentação e debate dinalizados pelo programador. Sempre
às Quartas, em novo horário: às 16h30. Entrada Livre.

Mais informação sobre o ciclo:
http://cam.ulp.pt/index.php/cineclube-lusofona/ciclo-atual

E podem, a partir de agora, consultar todos os ciclos anteriores, nos
nossos dois anos de actividade:
http://cam.ulp.pt/index.php/cineclube-lusofona/anteriores-ciclos


Agradecemos a todos o apoio à divulgação desta actividade de iniciativa
académica destinada a todos os cinéfilos! Passem a palavra... e contamos
com todos!
Cineclube da Lusófona




+++


*13º ciclo do Cineclube da Universidade Lusófona*

**

13 de fevereiro a 6 de março de 2013

Programação: José Maia, docente da ULP


Quartas-feiras às 16h30

Sala Nobre da Universidade Lusófona do Porto

Entrada Livre



13 de fevereiro de 2013

*A Caixa, *1994, França - Portugal, 93 min

MANOEL DE OLIVEIRA

* *

Um cego numa típica rua lisboeta com a sua caixa de esmolas, a gente que
passa apressada, as vizinhas que cobiçam o dinheiro do cego, os turistas
que contemplam este quadro pitoresco. Eis o pano de fundo para a abordagem
de Oliveira ao tema das dificuldades económicas das classes sociais (não
só) desfavorecidas, às quais se junta o roubo e a desgraça que cai sobre as
vidas de quem quase nada tem. Este cego, “acionista do nada” (Christie),
representa o Portugal recentemente membro das então Comunidades Europeias –
um pobre entre ricos, que almeja encontrar o seu lugar e encontrar-se. No
final, um papel conseguido pela laboriosa filha do pedinte resgata-a da
escuridão. O rigor pungente de Oliveira num retrato da “condição humana”,
especialmente atual nos nossos dias, em diálogo profícuo com “O Gebo e a
Sombra”.



André Lamas Leite









20 de fevereiro de 2013

*O Último Mergulho,* 1992, Portugal, 85 min

JOÃO CÉSAR MONTEIRO



Num cais deserto, um velho marinheiro reformado impede um jovem de dar o
último mergulho, convidando-o a submergir na lívida, secreta e recôndita
noite.

Nesta descida ao fundo, entre a luz e a sombra da noite, por jardins,
bairros e becos, entre pegas, ladrões e bêbados, num clube noturno, o jovem
conhecerá a muda prostituta Esperança, filha do reformado que o irá levar à
pensão “25 de Abril”, onde descobrirá os seus encantos.

No final, cansado dos seus dias, o velho dá o seu último mergulho, a
prostituta portuguesa continua o seu fado, Esperança e o jovem que no
início olhava fixamente as águas do rio vivem um amor diurno.

“O Último Mergulho” é um filme sobre Portugal, uma visão espectral do país,
uma reflexão crítica da política e da sociedade do pós-25 de Abril, um
mergulho num clima de decadentismo.









27 de fevereiro de 2013

*Ossos, *1997, Portugal, 98 min**

PEDRO COSTA



«Este filme suporta, simultaneamente, duas visões tradicionalmente opostas.
Uma coloca em primeiro plano a realidade social que é o Bairro das
Fontainhas (ou a secção dele onde vivem os protagonistas) e escancara-nos
existências que João Miguel Fernandes Jorge, num texto admirável, situou
num "post-humano português, se, acaso, as nacionalidades permanecerem na
linguagem cifrada do replicante". E continuou: "Neste filme mostra-se como
se ultrapassou um tempo histórico e social. Como a comunidade na qual nos
inserimos já é outra. Como já não se situa no ponto exacto onde cada um de
nós ainda a concebe. A ficção fílmica alastrou a toda a geografia
portuguesa e, nisso, o filme tem também força documental."»

João Bénard da Costa










6 de março de 2013

*Tabu,* 2012, Portugal, 118 min

MIGUEL GOMES



«E, portanto, havia uma vontade de dialogar com esse universo, com o cinema
extinto. Aliás, há uma série de coisas que estão extintas neste filme, há
uma senhora que morre, e portanto extingue-se, e através desse
desaparecimento vai-se convocar uma sociedade extinta, que é uma sociedade
colonial, em África, portuguesa, e nessa altura há uma tentativa de
dialogar com um cinema que também ele está extinto, que é o cinema mudo. E
obviamente que o cinema do Murnau é, provavelmente, talvez o pico do cinema
mudo e talvez do Cinema, ponto final. E, portanto, queria convocar esse
imaginário através dessa referência. Mas, para além disso, há uma série de
tabus no filme, que não irei desvendar.»

Miguel Gomes







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Manuel Santos Maia
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