[ARENA] CCC _ COLLECTING COLLECTIONS AND CONCEPTS _ convite inauguração _ 10 Março ( Sábado ) _ 22:00h _ opening _ ARENA
rroque renatoroque.com
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Domingo, 18 de Março de 2012 - 23:17:00 WET
De acordo, J.M. Carvalho. Eu diria mesmo que os autores deveriam curar o
seu trabalho, se "curar" for entendido como definir o conceito que lhe
está associado. A arte é aliás a única actividade onde se aceita
(obriga?) vir outra pessoa definir o trabalho de um autor que assim
deixa de ser. O papel de curador no presente presta-se a muitas
confusões. O que começou por ser um papel de "curar da obra do artista"
transformou-se muitas vezes, na chamada arte contemporânea, numa autoria
que se sobrepõe à dos artistas, mas sem se assumir como tal. O
curador-artista-autor pode ser importante ao encontrar novos
significados, nomeadamente em colectivas, mas TEM de assumir essa
autoria, em vez de se esconder por detrás dos artistas, ao mesmo tempo
que é o definidor do conceito.
Renato Roque
On 3/18/2012 7:22 PM, josé maçãs de carvalho wrote:
> J. Louro, C. Vidal e demais companheiros
>
> Não me parece produtiva uma cisão absoluta entre artista e curador,
> especialmente porque o curador profissional é uma entidade vaga, ao
> contrário do artista. Quantos artistas são os seus próprios curadores,
> na organização das suas exposições individuais? Parece-me interessante
> e proficuo o trabalho de artistas com uma visão curatorial sobre a sua
> obra na relação com a de outros artistas, até me parece que vocês
> próprios ( e eu) participaram em exposições /autocomissariadas/,
> embora tivessem um curador. /Autocomissariadas/ no sentido em que
> tiveram toda a autoridade para decidirem as peças inéditas que
> executaram ou mesmo as peças que escolheram para aquela exposição, a
> partir, naturalmente, do /texto/ de motivação do curador.
>
> Acho mesmo que o artista enquanto curador pode trazer um /insight
> /singular sobre relações entre obras que escapam aos curadores, ou pq
> não fazem parte da agenda dos curadores..... Pode até a motivação
> inicial para a exposição partir de uma peça do artista-curador. Gosto
> quase sempre da visão do artista (porque é /insider/) na organização
> de uma exposição. O curador tem sempre uma visão de /chegada/, algumas
> vezes paternalista, centrada na recepção quantas vezes demasiadamente
> formatada, orientada...
>
>
>
>
>
>
> On Tue, Mar 13, 2012 at 11:25 PM, Carlos Vidal <vidalt netcabo.pt
> <mailto:vidalt netcabo.pt>> wrote:
>
> João, o problema agrava-se por se tratar de uma exposição de
> colecções, sobre colecções.
> O autor/comissário convida-se a si mesmo - ponto 1.
> Ponto 2 - O autor/comissário convida-se a si mesmo dizendo que
> pertence ou está incluído numa determinada colecção, o que
> significa que uma colecção é uma entidade legitimante (ser
> coleccionado, ser parte de um museu, etc.). Logo, o
> autor/comissário está a dizer que foi comprado, adquirido e
> por quem. É muito grave.
> É aqui que bate o ponto.
> Abraço
> C Vidal
>
>
>
>
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