[ARENA] MARTA SOARES____Novas pinturas_____Inauguração: 3.03.12, das 18h – 20h

Edgar Massul edmac mac.com
Sexta-Feira, 2 de Março de 2012 - 11:10:58 WET


MARTA SOARES    Novas pinturas


MÓDULO – Lisboa
CENTRO DIFUSOR DE ARTE CALÇADA DOS MESTRES, 34 A – 1070-178 LISBOA TEL: 351.21.388 55 70 e-mail: modulo  netcabo.pt


>>>>>>>>  Inauguração: 3.03.12, das 18h – 20h (até 10/4)


Horário: terça a sábado, excepto feriados, das 15h às 20 horas, até 10/04/12 


Marta Soares (Lisboa, 1973) regressa ao Módulo com uma novo conjunto de pinturas. Esta artista iniciou a sua carreira no início da década de 90 afirmando- se com um percurso pessoal e de grande coerência. A obra desta pintora caracteriza-se pela afirmação da fisicidade do material (acrílico), pela reflexão sobre o processo pictórico, pela independência do material em relação ao suporte e, finalmente, pela questão objetual da pintura e a negação do gestual.
Sobre a obra de Marta Soares escreveu Carlos Vidal num catálogo sob o título, Escultura da invisibilidade: “... Marta persegue a escultura através da pintura, investe as grelhas de elementos habitualmente heterogéneos... escolhe como visíveis, ou presentificados, os elementos soterrados da pintura, as suas “costas”. É desta reinversão permanente que nasce o informe, e é sobretudo daqui que nasce a pintura, precisamente porque “nasce” e não pré- existe ao processo. Marta enfatiza-o como “fundadora” do quadro, não porque seja uma artista “processual” nem “experimental”, mas porque vê no processo uma desocultação da própria pintura.”
A pintura de Marta Soares constrói-se a partir sempre de um referente inicial. Neste caso uma parede de azulejos que serve de matriz para todos estes trabalhos. Cabe aqui citar José Luís Porfírio (Expresso 10.04.10): “... Uma grelha... ou a multiplicada multidão de pequenos quadros dentro do quadro que acontecem caso a caso, por vezes com uma minúcia surpreendente, a sua presença é fortíssima de longe e fascínio caleidoscópio de perto, e tudo acontece como se fosse obra do acaso, ou antes, da erosão, obra do tempo desagregador das coisas, trabalhando-as, enriquecendo-as continuadamente.“. O próprio processo nega qualquer vestígio da mão (gesto da pintora), pois o que vemos é sempre o negativo da pintura inicial realizada na parede de azulejos. É a parede que serve de objecto para esta pintura. As obras de Marta Soares, que agora se apresentam, vêm na continuidade dos trabalhos da sua mostra anterior, Wallsurfing, em que a pintura se apresentava como uma metáfora de lugares que estiveram na sua origem. Agora, a pintura apresenta- se como matéria autónoma e expressiva de uma multiplicidade de imagens possíveis a partir de um ponto de partida comum e aonde a dimensão óptica e imaterial da imagem ganha particular relevo.
Se na exposição anterior, Wallsurgfing, Marta Soares transferia as marcas deixadas por grafitistas na parede, agora é a própria parede que é representada com todos os seus acidentes, diria mesmo que nestes trabalhos há um diálogo entre a grelha modernista e o “objet trouvé” dadaísta.



Obras desta pintora figuram em reconhecidas colecções institucionais como, C.A M.-Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Veranneman, Bélgica, Fundação P.L.M.J., Museu de Arte Contemporânea de Elvas e Fundação carmona e Costa, entre outras. 
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