[ARENA] Fwd: TOTEMISMO URBANO E CICLO DE WORKSHOPS

susana chiocca desaparece gmail.com
Terça-Feira, 26 de Janeiro de 2010 - 23:33:02 WET


PRÓXIMOS EVENTOS: TOTEMISMO URBANO E CICLO DE WORKSHOPS


I) Totemismo Urbano / Performances na baixa do Porto
    Sábado, 30 de Janeiro, 18h30
    Início no Coreto de S. Lázaro (jardim de S. Lázaro em frente à  
biblioteca municipal).



Com Paulo Mendes, Miguel Moreira, Marianne Baillot, Albuquerque  
Mendes, António Olaio e Gabriela Vaz-Pinheiro.
Ciclo concebido para o espaço público em horário crepuscular no mês  
de Janeiro,
”Totemismo Urbano” assume o ambiente de acção em todas as suas  
variáveis, explorando o potencial cenográfico das condições  
climatéricas (até certo ponto imprevisíveis), dos edifícios, jardins  
e suas simbologias, e da iluminação artificial, numa psicogeografia  
parcialmente instantânea e improvisada, contraposta ao atrito da  
atmosfera contextual, procurando evocar nesses espaços uma dimensão  
simbólica proveniente dos estratos de memória e significado que  
emanam dos locais explorados.

” O carácter fundamental do totemismo animal é a existência de um  
pacto mal definido, mas de natureza religiosa, entre certos clãs  
humanos e certos clãs animais.”
Salomon Reinach, « Phénomènes généraux du totémisme animal », Cultes,  
mythes et
religions, Tome I, Éd. Ernest Leroux, Paris, 1905

“Totemismo Urbano” é, assim, um totemismo bastardo, que transcende as  
categorias do
totemismo animal (o mais comum em todo o planeta) e vegetal (mais  
raro), penetrando na excepcional área do totemismo inorgânico.
Ao carácter específico de cada “performance” contrapõe-se a  
negociação entre o indivíduo e o potencial simbólico dos espaços e  
artefactos urbanos que o rodeiam.
Partindo de uma hipotética tabula rasa em que os referenciais-padrão  
do espaço citadino foram apagados, explora-se um contexto semelhante  
ao dos cultos de carga surgidos no Pacífico após o contacto com a  
tecnologia ocidental: os intervenientes estabelecerão relações com as  
estruturas, edifícios e paisagens circundantes, num processo de  
reconfiguração de espaços pela projecção animista da acção dos  
“performers” nesses elementos e objectos, que irão adquirir um papel  
totémico.

Filipe Silva & Jonathan Saldanha / SOOPA

Percurso Totemismo Urbano

O percurso na baixa do Porto iniciar-se-á no Coreto do Jardim de S.  
Lázaro com silêncio, ordens, preces, ameaças, elogios, censuras,  
razões, que querem que eu compreenda do que eles dizem, de Paulo Mendes.
Posteriormente, na Praça dos Poveiros, encontraremos Na Rua, de  
Miguel Moreira e, nas escadas do Passos Manuel (Rua Passos Manuel),  
teremos Black Falls, de Marianne Baillot.
Seguir-se-á Quem Quer Ser Lobo, Veste-lhe a Pele, de Albuquerque  
Mendes, na Praça D. João I e, na Avenida dos Aliados, junto da Menina  
Nua, António Olaio apresentará Not a Love Song.
O projecto Pensamento/Acção 010, de Gabriela Vaz-Pinheiro, irá  
realizar-se durante as restantes performances.

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II) “Totemismo Urbano” em conversa
     Sexta-feira, 29 de Janeiro, 18h,
     A Sala - Rua do Bonjardim, 235, 2º Porto
Com Paulo Mendes, Gabriela Vaz-Pinheiro, Marianne Baillot,  
Albuquerque Mendes, Susana Caló e Godofredo Pereira. Moderação de  
Filipe Silva

Discussão informal antevendo “Totemismo Urbano” e temas relacionados,  
como o totemismo, a urbanidade, o lugar do pensamento mágico na  
sociedade tecnocrata do 3º Milénio, entre outros.

Mais info: www.soopa.org, producao  soopa.org, asalanabaixa.blogspot.com






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III) Cultura Intangível – Ciclo de Workshops
      Janeiro/Fevereiro
      Maus Hábitos, Porto



- Orquestra de Balões, por Henrique Fernandes e Micaela Amaral
   Sábado, 31 Janeiro: 10H-13H e 15h-18H
Criação de uma pequena orquestra, onde irão integrar-se unicamente  
instrumentos musicais e objectos sonoros feitos a partir de balões ou  
que utilizem balões como parte integrante.

Público-alvo: crianças dos 10 aos 14 anos
Nº de participantes: de 8 a 16
Inscrição: 30€ por participante / 25€ se acompanhados por familiares

Numa primeira sessão serão construídos os instrumentos musicais pelos  
participantes; na sessão seguinte, será levada a cabo a criação de  
uma peça musical a ser apresentada no fim da oficina.

Biografia
Henrique Fernandes iniciou os seus estudos musicais no ano de 1992 na  
Escola Profissional e Artística do Vale do Ave, na classe de  
contrabaixo do Prof. Alexander Samardjiev, tendo concluído em 2005 o  
curso superior de música, na especialidade de Contrabaixo, na Escola  
Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do  
Prof. Florian Petzborn.
Paralelamente ao universo da música erudita, integra diversos  
projectos da chamada música experimental do Porto, tais como:  
F.R.I.C.S., Lost Gorbachevs, Open Gate 5, Stealing Orchestra,  
Colectivo BLOB, Space Ensemble, entre outros.
Nos últimos anos tem desenvolvido trabalho na construção de  
instrumentos musicais e objectos sonoros, que utiliza em diversos  
projectos musicais, tendo começado a dirigir alguns workshops e  
formações nas áreas da exploração e criatividade musical.

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- Introdução à Música da Índia, por Franklin Pereira
   Sábado, 6 Fevereiro, 18H-20H
Ao longo dos séculos, a música do continente indiano evoluiu em  
ambientes de templos e de “escolas”, sejam estas de cariz erudito ou  
popular.

Na música de tradição erudita, encontra-se o termo “raga” para  
distinguir as diferentes escalas e estruturas sonoras. Basicamente,  
um raga tem uma escala musical e um modo peculiar de organizar as  
notas, integrando também uma localização no ciclo do dia ou sazonal,  
e elementos emocionais.
Este workshop inicia-se por uma apresentação visual e sonora - quando  
possível - de instrumentos de corda da Índia desde o século XII;  
depois, usando pauta indiana e ocidental, passa-se à descodificação  
de um trecho musical clássico.

Nº de participantes: de 4 a 8
Pré-requisitos: os participantes devem saber ler pauta ocidental e/ou  
indiana num grau elementar. Cada participante deve trazer o seu  
instrumento de cordas.
Inscrição: 15€ por participante

Biografia
Franklin Pereira começou a aprender sitar na Índia, em 1981, na  
cidade de Poona, com Shreeniwas Keskar; posteriormente, continuou  
estudos em 1983 e 1985, em Benares, com Raj Bhan Singh e Hemraj  
Nishad; em 1989 e 2004 voltou a Poona, tendo nesta altura aulas de  
rudra veena com Hindraj Divekar. Em 2007 e 2008 regressou à Índia  
para novas aprendizagens com Rafeeq Nadaf na cidade de Miraj, e em  
Poona, com Atul Keskar.

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- O Som no Drama: Exercícios de Sonoplastia e Dramaturgia, por João  
Martins
   13 e 14 de Fevereiro: 10h-13h / 15h-18h
   21 de Fevereiro: 15h-18h
   28 de Fevereiro: 10h-13h / 15h-18h
Este workshop pretende ser uma forma introdutória, elementar e  
bastante prática de abordar questões recorrentes em qualquer  
exercício de sonorização.

Dirige-se a todos os interessados na problemática do som e do seu  
significado e impacto em contextos narrativos e/ou dramático, sejam  
músicos, técnicos de som, performers (teatro, dança, etc), criadores  
(encenadores, escritores, etc), estudantes em qualquer uma destas  
áreas, ou simples curiosos.
Serão abordadas questões como “Significado do Som e da Música”,  
“Convenções e Clichés”, “Gestão do Silêncio” e “Som como Espaço”.  
Através da análise e discussão de exemplos práticos, procurar-se-á  
fomentar reflexões pessoais e exemplificar várias técnicas, de acordo  
com o perfil dos participantes.
A vertente prática do workshop assume particular importância,  
definindo a sua própria estrutura temporal: após as primeiras sessões  
de exposição, análise, reflexão e pequenos exercícios técnicos, será  
proposto um exercício prático para ser realizado de forma autónoma  
por cada participante num período de 2 ou 3 semanas. A meio desse  
exercício, será organizada uma sessão para que cada participante  
possa fazer um ponto de situação do seu exercício e esclarecer  
quaisquer questões (teóricas ou práticas, conceptuais ou técnicas).
A apresentação final dos exercícios será o mote para uma reflexão  
conjunta global.

Nota: as questões abordadas no workshop têm aplicação prática não só  
em objectos artísticos (peças de teatro, dança, performance, vídeo,  
cinema, “sound art”, etc), mas também em objectos de consumo  
(publicidade, aplicações multimédia, video-jogos, etc).
Os formandos deverão trazer o seu próprio equipamento (computador  
portátil e equipamento de gravação, se o tiverem).

Duração: 15 horas, em 5 sessões de 3 horas
Nº de participantes: mínimo 4, máximo 10.

Biografia
João Martins nasceu em 1977.
Estudou Música, Arquitectura e Design. Colabora com o Visões Úteis  
(companhia profissional de teatro do Porto) desde 1998, como músico e  
sonoplasta, sendo responsável por diversas bandas sonoras, assim como  
pela sonoplastia e pela criação de paisagens sonoras para peças de  
teatro e “audiowalks”.
Criou também música para cinema e para instalações multimédia e  
desenvolve inúmeros projectos como músico, quer em colectivos, quer a  
solo.
Desenvolve paralelamente a actividade de designer e tem experiência  
como formador e consultor na área das ferramentas informáticas e da  
comunicação.
Mais info: http://joaomartins.entropiadesign.org/



Informações e inscrições: producao  soopa.org / http:// 
www.maushabitos.com/











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