[ARENA] Espa ç o campanha

Miguel Pinho m.blanco mac.com
Domingo, 7 de Fevereiro de 2010 - 17:15:03 WET


> tabacaria
> GALERIA DE PAPEL ASSOMBRA
> Luís Fortunato Lima/ Desenhos / 2010   Sinopse  A exposição apresenta uma
> série de desenhos feitos com carvão vegetal sobre papel. Figuram fábricas e
> armazéns devolutos da zona de Campanhã; figuram também pormenores desses
> espaços abandonados. Relativamente a esta exposição, a palavra assombra tem um
> sentido múltiplo. Por um lado refere-se a uma acepção Œantiga¹ (pré sec. XIX)
> da designação assombrar o desenho, o que significava, no próprio acto da
> realização desenho, pôr sombra, trabalhar os aspectos do claro-escuro ou
> colocar mancha. Estes desenhos são feitos apenas com mancha; apesar de uma
> certa Œgeometrização¹ das sombras, o que restringe a nebulosidade, eles
> suscitam uma certa fantasmagoria das formas arquitectónicas. Da sombra, não me
> interessa apenas ao seu carácter de duplo, isto é, como efeito visível que se
> projecta de uma forma na presença de luz; procuro algo capaz de suscitar no
> plano relações espaciais sensíveis, densidades e tensões psicológicas. Um
> outro sentido da palavra assombra refere-se ao próprio carácter das coisas
> representadas; dos edifícios devolutos como sinal e matéria concreta de
> ausências, mas também como uma espécie de nódoa, como mácula da própria cidade
> e sociedade. Quem percorre tais lugares, outrora produtivos e cheios de
> vidências, como eu vi há não mais de quinze anos, tem agora uma experiencia de
> várias peculiaridades de decadência. Primeiro confrontamo-nos com altas
> paredes praticamente cegas, formas bizarras, enegrecidas, ao pé das quais
> ficamos obscurecidos. Em redor só crescem ervas daninhas e silvas, salteadas
> por lixo e resíduos negros de fogueiras, onde os toxicodependentes queimam
> fios eléctricos para retirar o cobre e vender. Depois, sentimo-nos erradamente
> sós; esporadicamente deparamo-nos com sujeitos delinquentes, ou com alguém que
> percorre apressadamente um carreiro de terra bem demarcado a caminho do
> trabalho. Apesar de tudo, em particular da probabilidade de ser assaltado,
> ainda algo me faz lá voltar, sozinho. Faço um percurso ao acaso, tiro
> fotografias, e até gosto de estar ali só. Sempre que lá volto consigo elevar o
> ânimo. Consigo achar pequenas e grandes coisas sublimes, e aprecio alguma
> beleza na simplicidade das ervas e das pedras que também percorrem o caminho.
>   Luís Fortunato Lima, 19 de Janeiro de 2010   Breve Biografia   Luís
> Fortunato Lima nasceu no Porto em 1976. Licenciado em ŒArtes Plásticas ­
> Pintura¹ em 2002, e Mestrado em ŒPrática e Teoria do Desenho¹, em 2007, pela
> Faculdade de Belas Artes da U.P. Desde 2003 realizou treze exposições
> individuais em várias galerias do país, e diversas colectivas. Vive e trabalha
> no Porto como Artista Plástico e como Docente de Desenho na Faculdade de
> Arquitectura da U.P.
> 
> espaço campanhã
> COREOGRAFIA PARA UM MUSEU PÚBLICO 
>  Gabriela Vaz-Pinheiro
> Coreografar a fugacidade de gestos e movimentos, repetidos ou fortuitos, que
> caracterizam a passagem de um determinado número de pessoas por um dado espaço
> e num dado tempo, reflectindo em específico sobre a questão do processamento e
> passagem das audiências pelos museus públicos e tendo em conta que os seus
> ³foyers² quase sempre os representam de forma simbólica. O projecto reflecte
> sobre os processos de análise, relacionamento e captação de audiências que
> todos os museus supõem, ao mesmo tempo que a presente instalação procura
> esbater noções de espaço "institucional" e espaço "alternativo".   A exposição
> apresenta material de pesquisa, como por exemplo, folhas retiradas de cadernos
> de apontamentos, recolhas de informação diversa junto dos museus contactados,
> documentos produzidos pelos participantes no processo preparatório, videos com
> diferentes posicionamentos no decorrer do projecto, uma peça sonora; e
> pretende criar um momento de contacto de um projecto in progress com a
> audiência que nele participou e com outras audiências. Nos objectos mostrados,
> desenhos, videos ou peças diversas, vive um processo continuado de reflexão
> sobre as questões críticas de que o projecto parte e outras que ele despoleta,
> desde questões basilares da origem e definção da obra de arte, às
> reconfigurações das noções de instituição e sistema da arte pela mão de
> artistas como Duchamp ou Broodthaers, à navegação do espaço museológico
> enquanto espaço genérico. Todos aqueles objectos são também resultado de um
> processamento do material e situações de trabalho com os participantes, de
> origem, profissões e idades muito diversas, cujo contributo permitiu testar
> vários aspectos das questões críticas do projecto, proporcionando também
> cumprir momentos de contacto com os processos de produção e
> institucionalização da obra de arte que de outra forma lhes estariam vedados.
>   Gabriela Vaz-Pinheiro é artista e investigadora que se tem debruçado sobre
> questões relativas ao reposicionamento de conceitos como: identidade e
> posições identitárias, localidade e a revogação das iconologias locais,
> narrativas do quotidiano, território e fluidez. Algumas destas questões tomam
> a forma de intervenções de carácter referencialmente contextual, tanto em
> Portugal como no estrangeiro. http://publicmuseum.wordpress.com/
> <http://publicmuseum.wordpress.com/>   autoria Gabriela Vaz-Pinheiro
> colaboração Cristiana Rocha participantes Ana Margarida Vieira, Cristiana
> Costa Pereira, Daniela Sá Carmo e João, Filomena Silva Loureiro, Gustavo
> Abreu, Igor Borovskyy, Inês Espinhaço, Isabel Valle, Ivo Abreu, Joana Vieira
> de Andrade, João Granadeiro Cortesão, Margarida Roseira, Maria João Patronilho
> e Francisca, Marta Oliveira Rocha, Paulo Coelho de Castro, Pedro Jorge
> Ribeiro, Regiane Silva, Rui Moura, Samanta Pacheco Moura, Susana Maria Paiva e
> Wilson Costa, Vinicius Macuch Silva e Xana Miranda produção executiva Núcleo
> de Experimentação Coreográfica equipa de produção Joana Ventura e Mafalda
> Couto Soares equipa técnica Patrícia Viana de Almeida, Patrícia Azevedo Santos
> e Rui Manuel Vieira pós-produção vídeo Cimbalino Filmes agradecimentos Diana
> Cardoso, Eva Ângelo, Helder Dias apoios Faculdade de Belas Artes da
> Universidade do Porto e Departamento de Som e Imagem da Universidade Católica
> parcerias NEC, Museu de Serralves e Espaço Campanhã Projecto financiado pelo
> Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes
> 
> Informações  Inauguração. Sábado dia 30 de Janeiro de 2010, 16H00 Patente até
> dia 20 de Fevereiro de 2010 Horário. Terça a Sábado das 14h00 ás 20h00
> Entrada. Livre 
> Morada. Rua Pinto Bessa 170 r/c tras, 122 Armaz 4/5 (atrás do BANIF)
> Programação. Helena Menino / Miguel Pinho Contactos.                        
> Telef.  220938372 Helena Menino 969232634 /913370256 Miguel Pinho    912897580
> linha1  plataformacampanha.com <mailto:linha1  plataformacampanha.com>  
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