[ARENA] inaugura HOJE, dia 27 de Jan., às 18h30 | Centro Cultural Português da Praia, CABO VERDE

Lúcia Marques lucia_marques hotmail.com
Terça-Feira, 27 de Janeiro de 2009 - 16:57:21 WET


CICLO “entre Partidas e Chegadas” | itinerância
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DA PRAIA
27 DE JANEIRO A 13 DE FEVEREIRO 2009
curadoria: Lúcia Marques + Nuno Sena
 
 
Depois da apresentação em Bruxelas (Bélgica), São Tomé (S. Tomé e Príncipe), Maputo (Moçambique) e Brasília (Brasil), o ciclo de arte e cinema “entre Partidas e Chegadas” é agora acolhido em Cabo Verde, pelo Centro Cultural Português na cidade da Praia.
 
 
exposição “Deslocações, perspectivas contemporâneas: ABRAÃO VICENTE, ANDRÉ CEPEDA, CÉSAR SCHOFIELD, EDGAR MARTINS, HELDER PAZ MONTEIRO, JOSÉ CARLOS TEIXEIRA, OMAR CAMILO, TATIANA MACEDO” 
 
Partindo de uma selecção restrita de trabalhos de 4 jovens artistas portugueses, a exposição aborda a condição de “deslocado” enquanto problemática essencial para compreender o mundo contemporâneo e o panorama artístico da cultura Portuguesa. Os perfis artísticos escolhidos – André Cepeda (n. 1976, Coimbra), Edgar Martins (n. 1977, Évora), Tatiana Macedo (n. 1981, Lisboa) e José Carlos Teixeira (n. 1977, Porto) –, privilegiam uma geração nascida no contexto pós-25 de Abril de 1974, ou seja, em pleno processo de descolonização, e com experiências de formação e vivência geograficamente diferentes, procurando reflectir sobre a inevitabilidade da mobilidade contemporânea através de obras que abordam temáticas correlacionadas mas de modos diversificados. 
Na cidade da Praia a exposição tem a novidade de integrar trabalhos de 4 artistas cabo-verdianos – Abraão Vicente, César Schofield, Hélder Paz Monteiro e Omar Camilo – fruto do workshop realizado com a curadora. 
 
 
Abraão Vicente | da série Len di Li, 2008
Tinta acrílica sobre impressão fotográfica
 
A selecção apresentada faz parte da série “Len di Li”. O título é simultaneamente uma alusão ao tempo e espaço exactos onde ocorrem as vivências e os rituais fotografados, mas também à possibilidade real da sua repetição simultânea em outros espaços/tempos. A pintura exerce na fotografia não só a função de deslocar as personagens do seu contexto, mas sobretudo a de atribuir novas possibilidades à leitura quer do contexto, quer das identidades em disputa. Ó ABRAÃO VICENTE
 
 
César Schofield | da série Bianda, 2008
Impressão inkjet sobre acrílico fotográfico
 
"Bianda", significa "comida" na Guiné-Bissau. Em Cabo Verde é também usada (pouco) para denominar comida, mas também para significar "substância". É usada ainda, eroticamente, para denominar mulher/homem "de boa constituição". E isso tudo é o que acontece na cidade, nas épocas mais quentes do ano, quando famílias inteiras, nos fins-de-semana, descem à beira do mar, transportando comida, panelas, mesas, cadeiras, música e uma infinidade de utensílios. Passa-se o dia todo, normalmente um Domingo, à beira do mar. Aí acontece tudo. Toda a substância da cidade. Ó CÉSAR SCHOFIELD
 
 
Hélder Paz Monteiro | da série Vi-vemos aqui, 2008
Impressão sobre tela
 
Será que VIVEMOS mesmo aqui? VEMOS estas coisas com a atenção de uma observação profunda e intencional, como que a querer ir aos seus significantes mais profundos e escondidos ou nos contentamos com olhares fugazes, distraídos e superficiais? OLHAMOS ou VEMOS estes detalhes? VI-VEMOS mesmo aqui? Estas imagens bem poderiam ser de um lugar perdido algures no mundo. O desejo de Hélder Paz Monteiro é de que estas imagens de alguma maneira contribuam para nos fazer elevar o pensamento para além da importância e valor destes detalhes – depois de conhecê-los - e transportar-nos para um cenário mais cósmico. Ó CIPRIANO FERNANDES
 
 
Júlio Silvão Tavares | documentário Cabo Verde a cores, 2006
Produzido por Silvão – Produção, Filmes; Cabo Verde, 24’
 
O filme decorre em Cabo Verde e Portugal. Retrata a história da arte plástica cabo-verdiana nos seus múltiplos aspectos. Um encontro de gerações, experiências e vivências diferentes. Uma geração que viveu as amarguras do colonialismo, os anos de tormenta; a outra de pós-independência que faz suavizar o sofrimento deste povo, retratando valores sublimes da liberdade, do amor, da solidariedade, da natureza, conquista deste povo. Por ser um filme sobre as artes plásticas não deixa de ser conflituoso. Retrata a história de Cabo-Verde: a estiagem, a miséria, a repressão, a fome, o analfabetismo, a liberdade, a natureza, o amor, a solidariedade, o quotidiano deste povo trabalhador. Ó JÚLIO SILVÃO TAVARES
 
 
Omar Camilo | da série Atentos, 2007
Impressão fotográfica
 
Quando iniciámos a preparação de “Atentos” e visionávamos as imagens, Omar dizia-me que não estava aqui em causa uma questão artística, mas documental e social. Analisadas do ponto de vista ideológico, as imagens evidenciam um compromisso com uma intenção próxima do neo-realismo. A começar pelo tema (crianças), em que se contrasta a sua inocência com a crueza da análise social implícita no enquadramento fotográfico, mas também pela apresentação da realidade sem cosmética, crua nos cenários naturais em que elas aparecem como actores anónimos do espaço. Ó JOÃO NEVES
 
 
[NOTAS BIOGRÁFICAS]
 
Abraão Vicente nasceu na ilha de Santiago (Cabo Verde) em 1980. É autodidacta em Artes Plásticas e licenciado em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Do seu percurso expositivo destaca-se a exposição individual “P’a dentu di mi” (Centro Cultural Francês da Praia, Cabo Verde, 2007) e a participação nas colectivas “Texturas” (Fundação Amílcar Cabral, Praia, Cabo Verde, 2008) e “Nouvelles Africaines” em Espanha (Salamanca, Saragoça) e França (Paris), também em 2008.
 
César Schofield. Mindelo, Cabo Verde, 1973. O desenho e a pintura pareceram-me coisas naturais, como escrever e falar, desde pequeno. A fotografia apareceu em 1992. Em 2005 ganhei o meu 1º prémio fotográfico e torno-me público. Seguem-se exposições, crónicas em jornais e acções artísticas. Em 2006 inicio, com um colega arquitecto, Nuno Lobo Linhares Carvalho, a ideia do Praia.Mov, uma tentativa de reflexão artística para a cidade da Praia. Em 2007 viajo para Madrid para participar do projecto "Arte Invisible" da Agência Espanhola de Cooperação no ARCO'07. Em 2008 organizo a colectiva "Texturas da Cidade", dando continuidade às ideias de Praia.Mov. E a vida continua.
 
Hélder Paz Monteiro nasceu na ilha de Santo Antão (Cabo Verde), em 1973. Em 1998, enquanto estudante de arquitectura e urbanismo na Univ. Federal Fulminense (Rio de Janeiro, Brasil), compra a sua 1.ª câmara fotográfica analógica e começa a fazer as primeiras fotografias. Em Abril de 2004, na Suiça, adquire uma máquina digital e a partir desta data começa a encarar a fotografia de forma diferente, mostrando inclusive os seus trabalhos fotográficos a outras pessoas. Explora várias vertentes desta técnica mas assume-se como um amador que gosta de fazer fotografias conceptuais. Em 2005 participa num concurso fotográfico organizado pelo Centro Cultural Francês da Praia (Cabo Verde) e, no mesmo ano, participa a convite do cineasta e fotógrafo cubano Omar Camilo numa exposição conjunta, intitulada “Depois da Chuva” (Hotel Praia-Mar e Instituto da Biblioteca Nacional da Praia). Destacam-se ainda as inviduais “A linguagem do Ver” (Reitoria da Universidade de Cabo Verde, Praia, 2006), “Parados em Movimento” (Centro Cultural Francês da Praia, 2007) e “Vi-vemos aqui” (Sede da Cruz Vermelha e Câmara Municipal da Praia, 2008).
 
Júlio Silvão Tavares nasceu na cidade da Praia (Cabo Verde) em 1959. Fez os cursos de Electrónica (Rádio, Televisão e Transistores) no Centro de Ensino por Correspondência Álvaro Torrão de Lisboa, e de “Escrita, Produção e Realização de Filmes Documentários” no programa “ÁfricaDoc” (Lisboa, Portugal). Desde 1992 que tem produzido e realizado diversos programas culturais para a Televisão e Rádio de Cabo Verde, realizando o seu primeiro filme em 2005: “Batuque: a Alma de um Povo”. Em 2006 realizou e produziu o seu segundo documentário – “Cabo Verde a cores” – e fez parte do júri do Festival de Cinema “Cineport”, em Lagos (Portugal). Desde 2007 que tem promovido diversos projectos cinematográficos, participando também em festivais de cinema realizados em África, na Europa e América.
 
Omar Camilo nasceu em Havana (Cuba), em 1964. Formou-se no Instituto Superior de Artes de Cuba (na especialidade de director de cinema), onde passa a ser professor de realização. De 1985 a 2001 realiza centenas de documentários sobre temas variados e participa em diversos festivais de cinema internacionais (Japão, Espanha, Itália, França, Brasil, México, EUA, Suiça, Eslovénia e Cuba). Venceu alguns prémios nacionais e internacionais. Em 2002 passa a residir em Cabo Verde, onde realiza documentários, publicidade para televisão, palestras sobre antropologia e cinematografia (Univ. Jean Piaget, Cabo Verde). Conta já com 18 exposições individuais de fotografia, incluíndo por vezes pintura e instalações (em Cabo Verde: Biblioteca Nacional, Palácio da Cultura, Centro Cultural Português da Praia, Centro Cultural Português do Mindelo, Centro Cultural Francês da Praia; em Portugal: Galeria de Arte de Lagoa), das quais se destaca a mostra “Atentos”, realizada em 2007 no Centro Cultural Português da Praia (Cabo Verde). Foi editor de imagem do jornal A Nação em 2007 e é, desde 2006, o fotógrafo da Agência Lusa em Cabo Verde.
 
Sessões * programa de filmes
 
Na cidade da Praia o programa de filmes integrará também o documentário realizado por Júlio Silvão Tavares em Portugal e Cabo Verde e intitulado “Cabo Verde a cores”. O filme centra-se na geração de artistas cabo-verdianos que viveu o colonialismo e a luta pela independência, traçando a história do país a partir da sua produção artística.
 
 
28.01.2009 | às 18h30
“À Espera da Europa”, de Christine Reeh (Portugal, 2006, 58’) “Lisboetas”, de Sérgio Tréfaut (Portugal, 2005, 100’)
 
29.01.2009 | às 18h30
“A Fotografia Rasgada”, de José Vieira (França, 2001, 52’)
“O País aonde nunca se Regressa”, de José Vieira (França, 2006, 52’)
“Cabo Verde a cores”, de Júlio Silvão Tavares (Cabo Verde, 2006, 24’)
 
30.01.2009 | às 18h30
“Pátria Incerta”, de Inês Gonçalves e Vasco Pimentel (Portugal, 2006, 52’)
“Bien Mélanger”, de Nicolas Fonseca (Canadá, 2006, 75’)
“Lusofonia, a (R)Evolução”, filme colectivo produzido pela Red Bull Music   Academy (Portugal, 2006, 60’)
 
 
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