[ARENA] EXPO S DE SAUDADE, AU HAZARD SALAZAR INAUGURA 1 MAIO SEXTA

[Paulo Mendes]

S de Saudade, au hasard Salazar

Exposição individual de PAULO MENDES no Museu Nogueira da Silva em Braga

Inauguração dia 1 de Maio 09 (sexta) pelas 21.30h

www.paulomendes.org


Museu Nogueira da Silva
Avenida Central 61 Braga
www.mns.uminho.pt / 253601275

de 1 Maio a 5 Junho 09

Inauguração em simultâneo com os Encontros da Imagem de Braga

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Paulo Mendes
S de Saudade, au hasard Salazar

Apresentação do conjunto dos diferentes trabalhos desta série - S de
Saudade - já realizados para as três exposições que decorreram entre
2007/2008, mostra de uma novo conjunto inédito de trabalhos fotográficos
desta mesma série - O Senhor S.

Os trabalhos desta exposição serão instalados na zona museográfica,
cruzando-se com os elementos arquitectónicos e decorativos desta
Casa-Museu, onde nos anos 60 o próprio Salazar foi convidado de honra.

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“O que é a verdade?” questionava Salazar em 1966 no seu discurso em Braga
nas comemorações do 40ºaniversário do 28 de Maio.

O seu rosto já envelhecido desafiava a assistência no seu habitual tom
professoral. Restavam os aplausos concordantes de uma elite instalada e
fora de tempo que enunciava o início da agonia do Salazarismo.
Este projecto foge a um realismo mimético para criar uma distância crítica
em relação á época.
È uma confrontação crítica e subjectiva, não existe uma preocupação pelo
passado em si mesmo mas uma aproximação crítica.
Não é a pessoa do ditador que é questionada mas o simbolismo em si
concentrado – figura do absurdo – como representante de um passado
colectivo.
Este trabalho relaciona-se com as formas, os meios e os métodos, as
imagens e as suas histórias e concepções que se transformaram num
“património” comum.
A imagem criada por Salazar não é realista mas hiper-realista, esquecendo
a singularidade e incorporando todos os males de um país provinciano e
conservador.

O projecto S de Saudade apresenta um conjunto de novos trabalhos onde a
fotografia, a pintura e o vídeo se complementam em imagens que questionam
o papel das artes plásticas na representação e ao serviço do poder
político.
O retrato foi sempre um tema recorrente na pintura. Que valor iconográfico
e de relevância politica podemos hoje retirar ao olhar para retratos de
Salazar e de outras figuras da sociedade portuguesa de diferentes épocas?
Ultrapassadas pelo avanço da história essas representações estão agora
armazenadas em esquecidos acervos de museu ou em arquivos esquecidos de
televisão, como adereços ou fragmentos de uma peça fora de cena.

Numa sociedade de brandos costumes, este lento apagar da memória
corresponde a uma amnésia colectiva.

Paulo Mendes 2007/09

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Apoio _
EPSON

Museu Nogueira da Silva
Avenida Central 61 Braga

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PAULO MENDES
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