[ARENA] I.M.A.N.08 (EVENTO SÁBADO PRÓXIMO_17H)
alexandre a.r. costa
directoriman gmail.com
Quinta-Feira, 11 de Dezembro de 2008 - 02:50:14 WET
CONVITE PARA SÁBADO PRÓXIMO_17H
O PROJECTO INTERNACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA
I.M.A.N.
[INTERMÉDIA, MULTIMÉDIA, ACÇÃO E NADA]
ESTÁ AÍ COM INÍCIO PARA SÁBADO_13 DE DEZEMBRO [4ªEDIÇÃO]:
UN-CONTROLLED fase1
Inaugura a 13 Dezembro_17H:
CASA DAS ARTES de V. N. Famalicão
13 de DEZEMBRO – 02 JANEIRO
-PROGRAMAÇÃO-
UN-CONTROLLED fase1
PROJECTO INTERNACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA
I.M.A.N.
[INTERMÉDIA, MULTIMÉDIA, ACÇÃO E NADA]
2008 - 4ªedição
13 de Dezembro, Sábado - Entrada: livre
17h00 - «UN-CONTROLLED - EXPOSIÇÃO»
JAVIER TUDELA, NADIA DUVALL, PEDRO PENILO, CARLOS SOUSA, BRUNO
JAMAICA, PASCAL FERREIRA, FRANCISCO LARANJEIRA, MARISA TEIXEIRA,
COLECTIVO ALG-A, ZEROFOUNDATION
17h30 - «UN-CONTROLLED - WORKSHOP»
INTRODUÇÃO À OBRA DE CARLOS SOUSA
18h00 - «UN-CONTROLLED - DEBATE»
JAVIER TUDELA, MÁRIO CAEIRO, FRANSICO LARANJEIRA, JUANJO FUENTES, J.
PERES ESCALEIRA [moderação: ALEXANDRE A. R. COSTA]
23h00 - «UN-CONTROLLED - ARTES PERFORMATIVAS / FESTA»
PASQUALE FERRARA, DIGITALSCRATCHER, FRANK ZAPPING, DREAMACHINE
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+ dia 10 Dezembro: 10h_ Local: Espaço SUB_Estacionamento da Casa das
Artes de Famalicão:
Workshop de Artes Plásticas [Orientação de Augusto Pereira da Costa]
(ESGOTADAS AS 50 INSCRIÇÕES)
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+ Janeiro: Extensão em Berlim do Projecto I.M.A.N. com a colaboração
da Zero Gallery e Rosalux - The Berlin Art Office apresentando-se uma
selecção de artistas portugueses.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS EM:
www.iman-arte.blogspot.com
Contacto:
directoriman gmail.com
+351 936 35 87 43 (Director do Festival)
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RESUMO SOBRE ESTA EDIÇÃO:
O projecto internacional de arte contemporânea I.M.A.N. [Intermédia,
Multimédia, Acção e Nada] traz-nos neste mês de Dezembro a sua 4ª
Edição à Casa das Artes com uma extensão das actividades à cidade de
Berlim através de um plano programático e curatorial que se designa
«UN-CONTROLLED» fase1.
O projecto artístico propõe este ano (fase1) e no próximo (fase2) ser
um género de jogo no qual o artista é convidado a reflectir sobre o
seu posicionamento na contemporaneidade, em relação às categorias
tecnológicas a que recorre (media) e o porquê dessas opções para a
sua prática artística; em relação às categorias de (sentido?) na
criação e fruição que procura pelo cruzamento desses media; em
relação às categorias da consciência activa e auto-regulativas com
que desenvolve a sua prática "em resistência" perante um estado
contemporâneo reconhecido como totalizador e/ou segmentador.
Os vários conceitos-chave do projecto da autoria e direcção de
Alexandre A.R. Costa reforçam uma perspectiva de um espaço incerto,
instável e indeterminado para a arte contemporânea:
"Intermédia" (referente aos pontos da prática experimental/criativa e
fruição através de e no cruzamento de medias, a alusão aos pontos de
contacto nos sistema complexos da actualidade – relacionado com o
conceito de Interdisciplinaridade);
"Multimédia" sendo que se entendem aqui os territórios do áudio,
scripto/registo gráfico e visual (referente à possibilidade de
recurso indeterminado de media - numa perspectiva de abordagem das
tecnologias tradicionais, assim como as últimas novidades
tecnológicas digitais e multimédia), que tanto possibilitam
diversidade das práticas como fazem com que o artista se desvie
apenas para o território do admirável);
"Acção" (referente ao compromisso do posicionamento do artista
contemporâneo, à consciência activa que consegue provocar e à sua
possibilidade de auto-regulação);
"Nada" (proposta de reflexão referente ao estado-hiato de globalidade
- incerteza entre as possibilidades totais e disseminação inevitável
da prática artística e a probabilidade de desolação nos resultados
pela sobreposição do gratuito e da diversão) sendo que tanto numa
perspectiva como noutra a dissipação deverá ganhar.
Esta quarta edição do I.M.A.N. tem este carácter de contiguidade em
relação às três edições realizadas nos anos transactos, perfazendo um
ciclo que faz parte de um projecto maior e que procura atingir um
clímax durante a celebração da sua quinta edição, ou seja, a fase2 de
«UN-CONTROLLED» em 2009, com várias propostas neste momento em
preparação.
Para este Dezembro de 2008 com inauguração no dia 13 a partir das 17
horas aqui está «UN-CONTROLLED» fase1.
HISTÓRIA DO PROJECTO:
O Projecto Internacional de Arte Contemporânea . Arte Experimental –
I.M.A.N. sendo a abreviação de (intermédia, multimédia, acção e
nada), surge em 2005 numa perspectiva de divulgação do universo da
experimentação e da criação artística no plano nacional e
internacional, em Vila Nova de Famalicão, na Casa das Artes com duas
extensões na cidade do Porto, no espaço Artes Múltiplas e no espaço
alternativo Salão Olímpico. A Casa das Artes de Vila Nova de
Famalicão foi nesta matéria a instituição/organismo tutelar, que
colaborou desde o início e apoiou de forma directa este evento. As
extensões seguintes decorrem entretanto em várias outras cidades
nacionais (desde Braga com a colaboração da Universidade do Minho até
ao Funchal, passando por Viseu com a colaboração do Teatro Viriato ou
a Galeria de Arte Contemporânea António Henriques, Porto com a
colaboração do Espaço Maus Hábitos, entre várias outras). Quanto à
Internacionalização o projecto corre Espanha, Brasil e na Alemanha em
Berlim com duas parcerias que se mantêm nesta mesma edição.
A direcção artística do Projecto está a cargo de Alexandre A. R. Costa:
Artista plástico, Performer, Músico, comprometido com a curadoria
independente em arte contemporânea onde se conta o comissariado e a
sua participação como fundador do projecto programático Artemosferas
no porto de 2001 a 2003. Desenvolveu até à data ainda actividades de
coordenação e docência no ensino superior público e privado em arte
contemporânea / performance, instalação e novas tecnologias,
semiologia das artes, experimentação e criação artística, gestão de
espaços e projectos culturais, práticas de produção multimédia,
desenho, entre outras. É actualmente docente do Instituto Politécnico
de Viana do Castelo nas Licenciaturas em Gestão Artística e Cultural
e Design do Produto.
Objectivos gerais do evento ao longo dos quatro anos de actividade:
Procura sistemática da actualização de territórios, processos
diversos e opções diversas, pelas várias possibilidades de obras e
discursos previamente contextualizados e apresentados no âmbito da
criação e produção artística contemporânea. Pretende-se o teste ou
(de)teste das novas tecnologias a partir de qualquer expressão
artística contemporânea.
Promover de uma forma dinâmica através de uma estratégia de extensões
do projecto a várias cidades, a divulgação da arte contemporânea e
das suas vertentes artísticas mais experimentais e emergentes…
Quando do início do projecto em 2005, a questão apresentada no texto
"up side down, ou os roteiros para evitar la buena-dicha…" de
Alexandre A.R. Costa, patente no catálogo do evento, era esta: que
roteiros parir ou sacudir a partir de hoje?
Depois das ultimas edições e iniciando-se esta quarta em 2008, a
procura e conhecimento da arte continua de uma forma atenta ao estado
global, à contemporaneidade que se apresenta cada vez mais complexa e
diversificada.
Alguns dos artistas e projectos envolvidos ao longo das quatro edições:
ALEXANDRE A.R. COSTA, ALEXANDRE OSÓRIO, ÇÃO PESTANA, DANIEL BRANDÃO,
FICTIONARY PLAYERS, JULIÃO SARMENTO, GABRIELA ALBERGARIA, @C (PEDRO
TUDELA E MIGUEL CARVALHAIS), ISRAEL PIMENTA, JORGE FERNANDO DOS
SANTOS, JUANJO FUENTES, MIGUEL PALMA, MIGUEL SEABRA, MIGUEL SOARES,
PEDRO CABRAL SANTO, SUSANA CHIOCCA, PEDRO ALMEIDA, CARLA CRUZ, COMA
CALHAU! (MARTA DANDY E JOÃO ALVES), YELLA, KAKO (THE SHADOW MAN),
BARTOLOMÉ FERRANDO, FRANCISCO LARANJEIRA, ANTA-MOBILE, NUNO M.
CARDOSO, RESEARCH KITCHEN, ANTÓNIO LAGO SILVA, GABRIELA ALBERGARIA,
EDUARDO MATOS, PEDRO AMARAL, ALICE GEIRINHAS, MANUELA T. CAMPOS,
PAULO BRODY, RUTE ROSAS, JAPP BLONK, (ACUR), MARCO (TATSUMAKI), DIOGO
TERROSO, NINA NASTASIA (US), COLECTIVO PRÍNCIPE 54 (ES), AUGUSTO
PEREIRA DA COSTA, MANUEL DIAS, IRIA VASQUEZ LOPEZ (ES), MARIA JOÃO
SANTOS, SARA PINHO, DIOGO (YOMO), TÂNIA E JOANA COSTA (TWIN GUMS),
IGNACIO PEREZ JOFRE (ES), ANA LUISA FERREIRA, JOSÉ QUINTA FERREIRA,
JOSÉ ALBERTO, ROBERTO MERINO (CL), MARIZA HERNADEZ OLIVERA (ES),
FRANCY & FRIENDS (BE+PT), DANIEL FARIA, PAULO BRANDÃO, MONO NO AWARE
(DE), ASTATO-CDR, STRANGE2 (ES), LCM, LUÍS MAGALHÃES & LUÍS
FIGUEIREDO, JOANA NOSSA, JAVIER TUDELA, NADIA DUVALL, PEDRO PENILO,
CARLOS SOUSA, BRUNO JAMAICA, PASCAL FERREIRA, FRANCISCO LARANJEIRA,
MARISA TEIXEIRA, COLECTIVO ALG-A, ZEROFOUNDATION, MÁRIO CAEIRO,
JUANJO FUENTES, J. PERES ESCALEIRA, PASQUALE FERRARA,
DIGITALSCRATCHER, FRANK ZAPPING, DREAMACHINE, LAKRITZ, ANTHONY
ELLIOTT (ENG), CONDOMÍNIO FECHADO, WASTE DISPOSAL MACHINE, JOÃO FONTE
SANTA, JOÃO CASTRO, MARIA MARTICORENA (ES), SANDY KILPATRICK (UK),
GATOPRETOGATOBRANCO, PROJECTO HART CORE GALLERY, PROJECTO MANO L,
HMBRITO, ANNA KRENZ (PL), ETC…
ENTREVISTA
Alexandre A. R. Costa (director do projecto) deu uma entrevista (a
primeira) sobre a edição deste ano a Helder Dias da Universidade
Católica-Artes Digitais.
Fica aqui o registo ou poderá consultar o seu conteúdo em:
http://artes.ucp.pt/artes_digitais/index.php/entrevistas/265-
entrevista-a-alexandre-a-r-costa-por-helder-dias-2008
HD: Inicio a entrevista perguntando-te qual a vertente dominante no
I.M.A.N. 08. Intermedia, Multimedia, Acção ou Nada?"
AARC: O IMAN é um projecto que se refere a sistemas complexos e
dinâmicos, poderemos dizer que se dedica a ser uma plataforma
laboratorial sobre e sob o ponto de vista de uma entropia da prática
artística... um género de ponto de intersecção a partir de vários
outros e onde se processam dados do(s) próprio(s) sistema(s) da arte
contemporânea. O processo aqui é encarado como algo importante, numa
perspectiva de entendimento sobre tempo e a implicação que há deste
sobre o carácter de transmutação da obra... Não se descura entretanto
o trabalho oficinal no seu sentido tradicional do termo, porém
percebê-lo como algo que terá a capacidade e possibilidade
indeterminada de reconstrução permanente dos seus próprios processos
é uma questão pertinente. O IMAN será todo um processo metodológico,
de investigação, de trabalho de campo, de laboratório sobre a prática
artística contemporânea que se reveja numa vertente dissipativa,
aberta, entrópica na sua génese e implicando as tecnologias e o
artista (elemento regulador) como mediadores entre este processo
dinâmico, o contexto social e o cultural.
HD: Mais uma. Qual o feedback que tens tido com a internacionalização
do I.M.A.N.?
AARC: Output-Input-Output-Input...estamos perante a construção de um
pequeno sistema de interacção que se poderá tornar mais complexo e
interessante...há em Berlim particularmente sérias probabilidades de
se estabelecerem sinergias mais intensas, mas dependerá no futuro de
uma série de intervenientes que se têm perspectivado e de alguns
apoios que seriam extremamente importantes.
Até ao momento posso afirmar que há algum interesse por parte de
públicos especializados de Berlim naquilo que se vai propondo a
partir deste projecto...
Quanto às parcerias que já se desenvolveram, a ideia é poder
contribuir para um intercâmbio mais forte, na certeza porém que se
têm registado algumas dificuldades basicamente a nível financeiro.
Quanto à questão da receptividade das propostas artísticas e da
génese deste projecto, não há qualquer outro sinal a não ser o
positivo, a linguagem é a mesma, ou seja a contemporânea e no meio de
tantas propostas de tantos pontos do globo, a prática artística
proposta por portugueses tem que sistematizar a sua presença, de
outra forma parece não haver grande espaço para ela lá fora. Não
deveríamos estar a assistir a uma política cultural que resulta na
maioria das vezes numa "fuga" e residência de artistas portugueses lá
para fora, deveríamos sim estar a assistir paralelamente a esta acção
individualizada, a um apoio efectivo à internacionalização da prática
artística portuguesa pela sistematização de processos de interacção e
de disseminação destas práticas. Há um longo percurso a fazer, o IMAN
está a fazer o seu papel, falta o envolvimento de mais parceiros que
estejam a perceber a dimensão a que nos estamos a referir.
HD: Ainda outra. Na apresentação do I.M.A.N. é referida a resistência
a um estado contemporâneo totalizante. Ainda é possível resistir? Como?
AARC: Encaro esta questão de um ponto de vista analítico sobre o
carácter de "imediato" e "materialidade" da sociedade, que aliás e
entre outros, nos fala Walter Benjamin através da questão da
reprodutibilidade técnica da obra de arte...
Alertava-nos então também para o sentido crítico da obra e por isso
mesmo acaba por nos trazer de volta à actualidade e à questão da
lógica cultural global, esta como promotora da dispersão e
"ofuscação" (estado esse, pelo seu carácter de diversão e desatenção
provocado) sempre de carácter aparentemente urgente e de necessidade
extrema.
Artur C. Danto (1997) de uma forma ou de outra alertou-nos para as
idiossincracias deste período, a partir de uma perspectiva do fim da
História, e portanto com ela a própria arte (segundo esta visão): "So
the contemporary is, from one perspective, a period of information
disorder, a condition of perfect aesthetic entropy. But it is equally
a period of quite perfect freedom... Today there is no longer any
pale of history. Everything is permitted."
No meio deste estado do real, estará, como referido, a arte e a
necessidade de uma regulação da sua prática cada vez mais interna e
ao mesmo tempo de forma inevitavelmente mediadora da interacção com o
seu ambiente próprio que se expande tal como acontece através das
novas tecnologias. Interacção essa que deverá respeitar o seu
território e o do outro de forma a que as disciplinas, os media, os
elementos físicos ou conceptuais da obra preservem a sua "imaginação
matriarcal". De facto, uma "interdisciplinaridade" (se é inevitável
pela sua própria condição que a conecta ao real, e pela interacção, a
esse conceito de entropia) deverá deter-se na premissa de uma "auto-
regulação" de cada um desses fragmentos "disciplinares".
Portanto a "resistência" a que me refiro é relativa à ideia de
tensão, de equilíbrio...a imagem sobre o artista em cima da corda
como um trapezista (entre margens globais e outras nas quais se
registam núcleos, sentidos "internos" iguais e diferentes aos de
tantos outros e que se revelam num espaço "entre", num hiato, num
rizoma... essa é a contemporaneidade, essa será a condição para o
artista se (des)equilibrar num processo regulativo da sua
prática...resistir sem cair.
HD: Não tenho mais perguntas a não ser uma clássica: o que é que
destacas na edição deste ano do I.M.A.N.?
AARC: Cada uma das obras em exposição reúne uma intensidade
importante para nos contaminarmos com a temática do projecto deste ano.
Poderia referir a presença na exposição e debate de Javier Tudela,
uma personalidade importante para se mergulhar em territórios e
sistemas abertos (referindo-nos à prática artística), numa relação
entre a arte, a filosofia e a ciência.
Ainda uma especial atenção para todos os outros participantes (uns
mais jovens do que outros) numa intenção clara de integração dos
emergentes em ambiente de difusão da sua prática.
Há pelas 17h do dia 13 de Dezembro, exposição, debate, workshop e
festa à noite pelas 23h com performances intermédia/multimédia/acção
e nada...ainda e já no dia 10 haverá um grande workshop de artes
plásticas que já tem as inscrições esgotadas...e depois é Berlim já
em Janeiro.
Seria bom ver público (para além do geral) especializado,
nomeadamente o universitário artístico no dia 13.
-------------- próxima parte ----------
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