[ARENA] Indigna çã o

Quarta-Feira, 2 de Abril de 2008 - 15:16:31 WEST

José et alts,
 parece-me de facto que o tal senhor deve ver-se dentro dessa idealizaçao moderna qb mascarada de radicalidade. Tb a mim a dita intervenção me parece pouco estimulante. Não tanto por alhear-se de uma qualquer tendencia que identifiques como preocupaçoes contemporaneas, ou pela sua incapacidade de avançar para um invovlimento-colaboração mais operativa contemporaneamente nos mecanismos sociais, mas talvez porque não deixa lugar a apreensões estéticas e/ou respostas colaborativas muito diferentes daquela já deliciosamente descrita pelo joao louro. GF

From: josebartolo  esad.ptDate: Wed, 2 Apr 2008 12:29:01 +0100To: arena  lists.virose.ptSubject: Re: [ARENA] Indigna çã oCreio que, à margem das questões éticas e das sensibilidades pessoais, o trabalho do Guillermo Habacuc se vai afastando de preocupações que marcam a arte contemporânea revisitando, de forma grotesca, lógicas e processos de integração (e não de representação) do quotidiano na arte (e não de colaboração da arte com o quotidiano) que me parecem testados (e resolvidos) durante os anos 70. 

A ideia de uma Arte Dialógica, próxima do que Bourriaud, designa por "relational aesthetics", alterando a posição "idealizada" do artista que deixa de se arrogar estar, a partir de fora, na dianteira dos mecanismos sociais, passando para o interior dos processos de produção social, essa colaboração, que não implica, longe disso, qualquer rendição crítica ou conversão do trabalho artístico num mero projecto assistencialista, essa colaboração, dizia, não a encontro no trabalho do Habacuc que, também nesta perspectiva, me parece pouco estimulante.

On Apr 1, 2008, at 10:56 PM, Tiago Restivo wrote:

;)

On 01/04/2008, at 20:22, João Louro wrote:

O que seria pertinente era meter o menino na galeria, atado a um  
atacador
feito de cabo de aço e com comida de cão a 2 metros de distancia, de  
forma a
não conseguir chegar, para ver se a filosofia que lhe saia da  
boquinha não
era mais do que "socorro".

From: Tiago Restivo <tiagorestivo  gmail.com>
Reply-To: arte — teoria — prática <arena  lists.virose.pt>
Date: Tue, 1 Apr 2008 19:35:56 +0100
To: arte — teoria — prática <arena  lists.virose.pt>
Subject: Re: [ARENA] Indignação

conheço a manifestação artística do Guillermo Vargas Habacuc há
bastante tempo e continuo a achar interessante, pertinente mesmo.
tiago

On 01/04/2008, at 11:39, jgal  iol.pt wrote:

Como é que um artista plástico que mata um cão à fome numa galeria é
convidado para uma Bienal de arte??????

Recebi o seguinte e fiquei indignado.

"O 'Artista' que matou um cão à fome vai repetir o acto! Vamos la
participar

Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo
Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua,
atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e  
ali o
deixou, a morrer lentamente de fome e sede.

Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os
visitantes da galeria de arte presenciaram impávidos à agonia do  
pobre
animal.

Até que finalmente morreu, seguramente depois de ter passado por um
doloroso, absurdo e incompreensível calvário.

Parece-te forte?

Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centro-americana de Arte
decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser
cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível
Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção  
na
dita Bienal em 2008.

Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta
petição :

http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo
que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão
cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor  
alheia

REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR.

se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos deste pobre
animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás
confirmar a veracidade da informação.

'Haverá sempre, em algum lugar, um cão abandonado, que me impedirá  
de
ser feliz...' Jean Anouilh "

Como artista plástico e cidadão acho de uma crueldade esta atitude  
do
artista e mesmo anti-arte.

Jgal

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JOSÉ MANUEL BÁRTOLO
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